O costume de procrastinar os afazeres tem solução (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2015 às 11h44.
São Paulo – Não deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã. Esse parece ser o lema dos procrastinadores. Mas, ao postergar suas atividades ou metas pessoais, essas pessoas precisam lidar também com a frustração de adiar ainda mais (e, às vezes, impedir) a colheita dos frutos de seu esforço.
Mas especialistas dos Estados Unidos alegam que este comportamento está com os dias contados. Segundo pesquisadores da University of Southern California, a solução para acabar com a procrastinação é pensar que o futuro começa agora mesmo.
Para isso, basta converter o período que resta para fazer uma tarefa em unidades de tempo mais curtas, considerando o prazo em horas e dias, em vez de meses ou anos, mesmo que o tempo total seja o mesmo. Se é preciso entregar um projeto daqui a dois meses, o melhor é pensar que restam 60 dias para o fim do prazo, por exemplo. Se restam dois dias, melhor encarar que o tempo se esgota em 48 horas, e assim por diante.
De acordo com os estudos, cujo resultado foi divulgado recentemente, as pessoas costumam ter um senso maior de urgência quando o prazo é contado em dias, no lugar de meses ou anos.
Um dos experimentos que comprovaram essa hipótese foi realizado com mais de 1.100 pessoas. No teste, os participantes foram questionados sobre quando começariam a economizar dinheiro para a faculdade e para a aposentadoria.
Foi dito que a faculdade começaria dali a 18 anos ou 6.570 dias e que a aposentadoria estava programada para dali a 30 ou 40 anos, o mesmo que 10.950 dias ou 14.600 dias.
Ao final, as respostas indicaram que aqueles que consideram o futuro em termos de dias planejaram iniciar suas economias 4 vezes mais cedo do que aqueles que fazem seus planos pensando em anos à frente.
Em outro experimento, 162 participantes tiveram que planejar um evento futuro qualquer, como um casamento ou uma apresentação de trabalho, determinando inclusive a data exata em que seria marcado.
Aqueles que pensaram em dias (em vez de meses ou anos) fixaram seus eventos fictícios em datas cerca de 30 dias antes daqueles programados pelas pessoas que planejavam seu futuro considerando meses ou anos.
A razão para isso está no fato de que os primeiros se sentem mais conectados com o futuro e, por isso, conseguem agir antes que seja tarde demais.