A nova linha da Vivant (Divulgação/Divulgação)
Daniel Salles
Publicado em 30 de outubro de 2020 às 11h46.
Provar um cabernet sauvignon como se fosse uma cerveja pilsen? Impensável até há pouco – pelo menos para quem não admite vinhos que custam menos de três dígitos ou que não tenham boa pontuação em rankings como o de James Suckling – a ideia começa a soar cada vez mais palatável. Culpa dos vinhos em lata, que não são mais vistos com tanta estranheza e já gozam de algum espaço nas prateleiras dos supermercados.
Fundada em 2018, a marca nacional Vivant recebeu um aporte de 5 milhões de reais e fechou um acordo de distribuição com a rede Pão de Açúcar. E acaba de lançar mais dois produtos, ampliando o portfólio para cinco. Os novos são vinhos frisantes, um deles feitos com as uvas chardonnay e pinot noir, e o segundo, mais adocicado, com a variedade moscato. “São bebidas ainda mais leves que nossos vinhos tradicionais, finos e secos. Foram pensadas para o verão” explica André Nogueira, COO e um dos fundadores.
Em latinhas de 269 mililitros, as novidades custam a partir de 14 reais, cada uma, e estarão à venda em meados de novembro, em supermercados e no e-commerce da marca. Completam o portfólio da Vivant um vinho tinto, mistura de cabernet sauvignon e merlot; um branco, feito com a uva chardonnay; e um rosé, blend de syrah com pinot noir. A produção dos vinhos está a cargo da Vinícola Quinta Don Bonifácio, sediada em Caxias do Sul (RS).
Quem teve a ideia do negócio foi o sócio Leonardo Atherino. Mais exatamente durante uma festa para a qual levou uma garrafa de vinho. Segurando ela com uma das mãos e a taça com a outra, cansou de apoiar as duas no chão para cumprimentar os amigos. Foi ali que passou a saborear a ideia de lançar um produto que resolvesse o problema da festa.
Lançou a Vivant em parceria com Nogueira e Alex Homburguer, alçado a CEO da companhia. “O consumo de vinho em lata não para de crescer no país”, diz o último. “Estamos presentes em 24 estados brasileiros e ainda temos muito espaço para ocupar. Expandir o nosso portfólio é uma forma de consolidar a marca e faz parte da nossa estratégia de democratizar e rejuvenescer o mundo do vinho”. A expectativa do trio é fechar o ano com 8 milhões de faturamento – oito vezes mais que em 2019 – e 1 milhão de latinhas vendidas.