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Com roupas de esqui, Farm inaugura flagship em Paris

A loja assinada por Marcelo Rosenbaum terá 260 metros quadrados, produtos voltados ao inverno europeu e apresentação de artistas brasileiros

Farm Global: coleções modificadas para estações do Hemisfério Norte. (Farm/Divulgação)

Farm Global: coleções modificadas para estações do Hemisfério Norte. (Farm/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 28 de abril de 2022 às 06h30.

Araras, bananas e onças pintadas se tornaram estampas inconfundíveis pelos brasileiros nas roupas da carioca Farm. Com portfólio que inclui peças voltadas ao clima tropical, a marca agora segue para o projeto de expansão internacional, levando as estampas para Paris, a partir de sábado (30).

Esta não é a primeira vez que a marca carioca desembarca na capital francesa. Em 2020 e no ano passado, a Farm inaugurou uma loja temporária de 30 metros quadrados no Le Bon Marché, loja de departamentos do grupo LVMH. Após dois anos consecutivos, foi feito o convite para se estabelecer no local. Desta vez, a loja terá 260 metros quadrados, com produtos voltados ao inverno europeu e apresentação de artistas brasileiros.

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“O Le Bon Marché é uma das lojas de departamento mais sofisticadas do mundo, com grandes marcas, fiquei até surpreso, porque a Farm é uma marca incrível, mas não temos uma sofisticação de luxo”, comenta Marcello Bastos sócio fundador da Farm.

Para a inauguração, a marca pretende apresentar artistas brasileiros e exaltar aspectos já conhecidos do país, como o carnaval. Na inauguração da loja francesa, haverá um cortejo que sairá da flagship e se destinará ao rio Sena, de onde partirá um barco com 200 convidados.

O espaço será dividido em quatro, com diferentes conceitos e curadoria de produtos. A decoração ficará por conta de artistas brasileiros, como uma instalação com 400 folhas pendentes no teto, feitas pelo coletivo de artistas da LabUni Preta, confeccionadas em PET e araras suspensas feitas artesanalmente pelo povo indígena Kayapó, da região da Amazônia. Um ambiente será como uma galeria, com trocas semanais de obras.

Projeto da flagship parisiense.

Já os provadores, que lembram grandes casulos, foram feitos com a técnica do macramê pelo projeto liderado pelo designer brasileiro Gustavo Silvestre junto com o Projeto Ponto Firme, uma iniciativa que utiliza a moda como ferramenta para a transformação social de detentos e ex-detentos. Quem assina o projeto da loja é o arquiteto Marcelo Rosenbaum, que já participou de outros empreendimentos da marca.

A abertura na Europa segue o plano de expansão internacional. Atualmente, com duas lojas nos Estados Unidos, em Nova York e Miami e vendas para todo o país através do e-commerce e em lojas de departamento como Sacks e Nordstrom, as vendas internacionais representam 30% do faturamento da marca. Até o final do ano, com a inauguração de duas lojas na Europa, em Paris e nos Estados Unidos, em Venice, a marca prevê que 50% das vendas sejam provenientes das transações estrangeiras.

Com hub de distribuição na Europa baseado na Holanda, a marca pretende inaugurar lojas pop up e flagships em Londres, Saint-Tropez, e futuramente na Itália e Espanha.

O plano de expansão inclui abertura entre 35 a 55 lojas nos Estados Unidos e Europa nos próximos anos, com a entrada de novas categorias de produtos. Ainda neste semestre, a Farm prevê a entrada em outras lojas de departamento europeias, como a Liberty, em Londres e KaDeWe, em Berlim, e tem plano de inaugurar a primeira flagship na Europa, em Paris e outra em Londres, até início de 2023.

Com as novas aberturas, a meta de faturamento é de 3 bilhões de reais nos EUA e na Europa até 2026. O investimento na primeira flagship europeia custou 500 mil euros à marca do Grupo Soma.

As estampas, que são o destaque da marca, tem diferenças em relação às peças brasileiras. “Aproveitamos as estampas que criamos fora e aqui, para os dois mercados, mas as colorações mudam. Já os shapes são completamente diferentes”, explica. Os produtos que são vendidos nos Estados Unidos, são os mesmos que serão vendidos na Europa.

Com tíquete médio de 100 dólares no Brasil, no mercado internacional as peças são vendidas por um preço médio de 200 dólares para clientes como Sarah Jessica Parker, Jessica Alba, Taylor Swift e Anne Hathaway.

Dentre a oferta, além dos vestidos soltos, há produtos para o inverno como jaquetas puffers e macacões de ski, que serão vendidos exclusivamente no exterior.

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