Presidente da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, acompanha fundador da Pride House, Gon Matsunaka, e outro integrante em visita ao local, em Tóquio. (Eugene Hoshiko/Pool/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de julho de 2021 às 13h03.
Última atualização em 22 de julho de 2021 às 17h33.
Mais de 160 atletas abertamente lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers participarão da Olimpíada de Tóquio 2020, o que torna os Jogos deste ano os mais inclusivos de todos os tempos.
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Isso colocou em evidência o Japão, que segundo ativistas está fora de sintonia com grande parte do restante do mundo e ainda não passou pelas mesmas mudanças sociais que transformaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo e mais inclusão uma realidade em outros países.
Embora o Japão seja conhecido por ter fortes democracia e sociedade civil, ativistas dos direitos humanos dizem que está longe de resolver as questões de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers (LGBTQ).
A carta olímpica proíbe a discriminação e, embora Tóquio tenha aprovado uma lei antidiscriminação três anos atrás, não há a mesma proteção legal para o restante do país.
Ativistas esperam usar os Jogos como uma oportunidade para levantar a questão e angariar apoio do público para as pautas LGBTQ.
"Acho que muitas pessoas pensam que o Japão é um defensor dos direitos humanos, mas é o oposto, porque não temos igualdade de casamento, não temos leis banindo discriminação baseada em orientação sexual ou identidade de gênero", disse Gon Matsunaka, fundador do primeiro centro LGBTQ do Japão, Pride House.
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