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Colaboradores de Michael Jackson descrevem cena de caos na casa do cantor

Alberto Álvarez, diretor de logística de Jackson, contou que Murray lhe pediu que o ajudasse a retirar ampolas e uma bolsa de soro que continha uma "substância leitosa"

Michael Jackson morreu em junho de 2009 por overdose de medicamentos (Getty Images)

Michael Jackson morreu em junho de 2009 por overdose de medicamentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 23h14.

Los Angeles - Colaboradores de Michael Jackson descreveram nesta quinta-feira - durante o julgamento do médico do cantor, Conrad Murray, por homicídio culposo - uma cena de caos, em que Murray pediu a um segurança que retirasse material médico da casa de Jackson, em quem aplicava uma massagem cardíaca com apenas uma das mãos.

Alberto Álvarez, diretor de logística de Jackson, contou que Murray lhe pediu que o ajudasse a retirar ampolas e uma bolsa de soro que continha uma "substância leitosa". O sedativo Propofol, que causou a morte por intoxicação de Jackson, tem a cor branca, o que levou o cantor a se referir ao medicamento como "meu leite".

Quando Álvarez entrou no quarto de Jackson no dia de sua morte, 25 de junho de 2009 - porque Murray havia alertado que o cantor havia tido uma "reação ruim" -, encontrou o artista "deitado na cama com os braços estendidos, os olhos entreabertos e a boca aberta". O médico lhe aplicava uma massagem cardíaca apenas com a mão esquerda, contou o colaborador, na Suprema Corte de Los Angeles.

Por trás de Álvarez chegaram dois dos três filhos de Jackson - Paris e Prince. "Paris gritou: 'Pai!' Estava chorando", descreveu o colaborador, num momento em que a emoção tomou conta do julgamento, que pode durar cinco semanas.

O assistente disse que tirou as crianças do quarto e, ao retornar, o médico "recolheu um punhado de ampolas e pediu que elas fossem colocadas em uma bolsa". Em seguida, Murray lhe pediu que retirasse uma bolsa marrom de soro que continha restos de uma solução leitosa. Ao pegá-la, Álvarez percebeu que havia um frasco dentro, que identificou como uma embalagem de 100mg de Propofol.

"Achei que estivéssemos nos preparando para ir para o hospital", comentou o colaborador, olhando para o médico, sentado à sua frente.


O tribunal ouviu a gravação do telefonema que Álvarez deu ao serviço de emergência pedindo uma ambulância, seguindo ordens de Murray. "Ele não está respirando. Está inconsciente, está na cama, não responde", disse o colaborador ao atendente.

O advogado de Murray, Edward Chernoff, questionou a possibilidade de Álvarez ter feito tudo o que contou antes de chamar a emergência, como retirar as crianças do quarto e recolher ampolas. "Sou muito eficiente", respondeu o colaborador.

Outra testemunha do terceiro dia de julgamento foi Kai Chase, chef de Jackson. Ela contou que, naquela manhã, viu "Murray descer as escadas até a cozinha, em pânico (...) Ele gritava: 'Procure ajuda, chame a segurança, procure Prince (filho mais velho do cantor)'".

O advogado de defesa Michael Flanagan questionou: "Você viu Murray frenético, com os olhos arregalados, gritando. Percebeu que alguma coisa estava errada, e foi procurar uma criança de 12 anos?" "Fiz o que me pediram", respondeu a chef.

Parte do clã Jackson compareceu ao tribunal, incluindo seus pais, Katherine e Joe, e os irmãos do cantor La Toya, Janet e Randy.

O juiz não permite a divulgação da ordem das testemunhas convocadas, mas, até o momento, ela coincide com a ordem das audiência preliminares. Para esta sexta-feira, estão sendo esperados os depoimentos dos paramédicos.

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