Prato do Coco Bambu com lagosta, camarão, mexilhão, peixe e lula: porções gigantescas para restaurantes idem (Tadeu Brunelli/Divulgação)
Daniel Salles
Publicado em 3 de setembro de 2020 às 13h34.
Última atualização em 4 de setembro de 2020 às 13h09.
Com a pandemia ainda no horizonte, inaugurar um restaurante capaz de abrigar centenas de pessoas ao mesmo tempo pode soar temerário. Por outro lado, um empreendimento do tipo tem espaço de sobra para manter a clientela afastada até que a tão sonhada vacina contra o novo coronavírus saia do forno.
Daí a tranquilidade com que a rede Coco Bambu inaugurou sua nova unidade, o maior restaurante de shopping do Brasil. Outra vantagem e tanto em tempos de Covid-19: o risco de você precisar esperar por uma mesa em um estabelecimento com cadeiras a perder de vista praticamente não existe.
Em funcionamento desde o dia 31 de agosto, a nova filial do grupo está localizada no Shopping Iguatemi Fortaleza. Ao custo de 18 milhões de reais, ela pode acomodar até 800 pessoas. É menos que as unidades do Coco Bambu na Zona Norte de São Paulo e no Lago Sul de Brasília, cada uma delas com capacidade para mais de mil clientes. Estas duas, porém, com metragens similares, não fazem parte de centros comerciais.
A do Shopping Iguatemi Fortaleza também ostenta a maior fachada dentro de um empreendimento do gênero. Outro diferencial é seu Espaço Kids, para até 400 crianças e com quatro salões de eventos privativos. Há ainda cinco salas de eventos, para até 300 pessoas; um lounge para até 120 clientes e com direito a oito camarotes; e uma adega para 2 mil garrafas, abastecida com 150 rótulos de todos os continentes.
Com a nova inauguração, a rede dá sequência a um apetitoso plano de crescimento. Hoje com pouco mais de quarenta operações em 15 estados, ela almeja chegar a uma centena até 2025. “A expectativa para 2020 era crescer ainda mais, com a abertura de novas 18 lojas”, diz o fundador, Afrânio Barreira. “Esse plano de expansão foi cumprido em parte, com inauguração de seis unidades. As outras doze foram adiadas para 2021”. Ele é dono de todas, em conjunto com uma porção de sócios-operadores.
Em 2019, o Coco Bambu conquistou seu maior faturamento, de 1 bilhão de reais. Durante a pandemia apostou todas as fichas no delivery, como todo mundo, e com isso conseguiu faturar cerca de 40% do registrado em meses anteriores à quarentena. “A pandemia mostrou que o delivery pode ser um importante aliado na receita dos restaurantes no futuro”, Barreira acredita. “Em breve teremos uma retomada de 100% do movimento dos salões, porém os clientes que começaram a recorrer ao delivery durante a quarentena devem continuar a fazê-lo”.
Para quem nunca esteve em um Coco Bambu vale o conselho: não vá com pouca fome. A rede, afinal, também é conhecida pelos pratos gigantescos. Indicados nos cardápios para duas ou três pessoas, alguns costumam saciar a fome de até quatro ou cinco. É o caso da cataplana de frutos do mar, ensopado sobre uma fatia de pão com peixe, camarão, lagosta, lula, mexilhão e açafrão. Ou da moqueca de lagosta com verduras refogadas com leite de coco, azeite de dendê e coentro, acompanhada de arroz, pirão de camarão e farofa de dendê.
Campeã de pedidos, a rede de pescador é feita com lagosta, camarão, mexilhão, peixe e lula, tudo grelhado, e chega à mesa na companhia de arroz de açafrão. O prato é um dos grandes responsáveis pelas 120 toneladas de camarão que o Coco Bambu vende a cada mês. Imagina com cem unidades.