(Divulgação/Audi/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2017 às 19h06.
Última atualização em 25 de julho de 2017 às 15h16.
A transmissão de dupla embreagem divide opiniões no mundo automotivo.
Procure na internet por “câmbio Powershift” e provavelmente você não encontrará só boas notícias. Ou busque por DSG ou 7G-Tronic.
Nesse caso, o tipo de manifestações que você vai encontrar deve revelar outra história.
No entanto, os dois casos contam com pontos em comum: transmissões automatizadas de dupla embreagem são rápidas, eficientes e suaves nas mudanças de marcha, além de versáteis. Podem servir a um veículo compacto ou a um superesportivo.
Em uma linha, esse tipo de câmbio faz trocas como um automático convencional, porém a base de suas engrenagens é quase idêntica à de uma caixa manual. Atuadores eletro-hidráulicos realizam mecanicamente as mudanças, e em cada troca a embreagem é acionada – câmbios automáticos têm conversor de torque.
No caso da dupla embreagem, uma atua em marchas ímpares, outra nas pares e ré. Na prática, o motorista não precisa se preocupar com qual delas está trabalhando.
Mas deve-se tomar algumas precauções para que essa caixa funcione sem problemas por muito tempo.
Listamos abaixo 5 cuidados que vão preservar sua transmissão automatizada de dupla embreagem:
Em carros manuais, deve-se pisar na embreagem para desacoplar a transmissão do motor. Câmbios de dupla embreagem fazem isso por conta própria, evitando desgastes nos discos de embreagem.
Por isso, não é necessário colocar o câmbio de dupla embreagem em “N” (neutro) sempre que o carro para.
Quando estiver parado em uma ladeira, não tire o pé do freio. Em um câmbio manual, o efeito é parecido com o ato de “segurar” o carro no mesmo lugar só com o acelerador e embreagem.
Se seu carro tiver assistente de partida, ele permanecerá imóvel por alguns segundos enquanto você aciona o acelerador.
Mas, caso não faça isso, a embreagem entrará em ação para tentar segurar o carro.
Isso superaquece o componente e provoca desgaste prematuro.
Em caixas de marcha secas, como a DSG do Golf 1.4 e o Powershift da Ford, não há óleo para resfriar o conjunto.
Já as imersas em óleo, como a DSG do Jetta 2.0 TSI e o câmbio DCT do Hyundai New Tucson, a prática danosa pode acelerar a contaminação do óleo por causa do desgaste excessivo das embreagens.
Andar em baixa velocidade, rebocar peso em excesso ou subir ladeira muito lentamente agrava o desgaste da embreagem. São outras situações que sujeitam a embreagem a não se acoplar ao volante do motor por inteiro para manter a velocidade.
O ideal é alcançar velocidade suficiente para que a embreagem acople por completo.
Aumentar a marcha durante frenagens ou reduzir a marcha em aceleração prejudica as transmissões de dupla embreagem. Isso pode acontecer quando o motorista interrompe uma retomada ou numa aproximação a um farol vermelho que muda para verde pouco antes de o carro parar.
Nos dois casos o câmbio identificará a iminência de uma parada e a retomada vai demorar mais do que o normal.
A reação instintiva, de fazer trocas manuais, é danosa neste caso.
A não ser que você esteja querendo medir o zero a 100 km/h do carro, não precisará pisar no acelerador e no freio ao mesmo tempo.
É uma outra forma de acentuar o desgaste do conjunto de embreagens e de superaquecer o conjunto.
Alguns carros têm formas de impedir isso, deixando a embreagem em posição de espera e o giro do motor limitado enquanto o freio estiver acionado.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Quatro Rodas.