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Ciclista russa é expulsa após tomar testosterona

''Na farmácia comprei um remédio que continha testosterona. Não lembro bem o nome, acho que Andriol. Como sabia que está proibido, não disse nada ao treinador'', afirmou

Victoria Pendleton of Grã Bretanha e Viktoria Baranova, da Rússia: A ciclista reconheceu que ''estava muito nervosa e ficou muito mal às vésperas das Olimpíadas'' (Getty Images)

Victoria Pendleton of Grã Bretanha e Viktoria Baranova, da Rússia: A ciclista reconheceu que ''estava muito nervosa e ficou muito mal às vésperas das Olimpíadas'' (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 20h45.

Moscou - A ciclista russa Victoria Baranova foi expulsa dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 após confessar que tomou testosterona, informou nesta sexta-feira a agência oficial ''RIA Novosti''.

''Na farmácia comprei um remédio que continha testosterona. Não lembro bem o nome, acho que Andriol. Como sabia que está proibido, não disse nada ao treinador'', afirmou Baranova.

''Tomei uma pastilha. E nessa mesma tarde vieram os funcionários de doping fazer a análise. Me assustei e lamentei muito tê-lo feito, mas não disse nada a ninguém'', acrescentou.

A ciclista, que faz parte da equipe russa de perseguição, reconheceu que ''estava muito nervosa e ficou muito mal às vésperas das Olimpíadas'', já que se deu conta que ''seus resultados começavam a piorar'' durante a concentração na Belarus.

''Estava muito cansada. Vi na internet, li, e antes já havia ouvido falar disso, que para melhorar os resultados é possível utilizar testosterona. Nunca tinha usado antes, mas desta vez me decidi'', apontou.

''Justo antes de viajar aos Jogos fizeram-me um teste de doping e saiu limpo. Não voltei a tomar esse remédio e não tinha intenção de fazê-lo no futuro'', explicou a russa de 22 anos.

''Pensava que tinha tido sorte e não aconteceria nada. Mas em Londres recebi a notícia que a prova feita na Belarus era positiva. Lamento muito o que aconteceu'', declarou.

O vice-presidente da Federação Russa de Ciclismo, Yuri Kucheriavi, disse hoje estar ''extremamente decepcionado'' com a atleta.

''Eu só sei que todos se submeteram a análise e estavam limpos. Acho que ela ficará dois anos sem competir, pelo menos'', previu o dirigente, destacando que a notícia influenciará negativamente no rendimento do restante da equipe.

A russa, campeã mundial sub-23 e medalha de bronze em sprint no último Campeonato Europeu, era uma dos líderes da equipe russa e deveria ter competido nesta sexta-feira. 

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