CHIPRE: o país se prepara para voltar a receber turistas em junho. (Yiannis Kourtoglou/Reuters)
Matheus Doliveira
Publicado em 28 de maio de 2020 às 16h13.
Última atualização em 28 de maio de 2020 às 17h09.
Conhecido por suas praias paradisíacas, o Chipre, nação da União Europeia que ocupa o Sul da Ilha de Chipre, dividida com a Turquia, quer retomar o turismo local de uma maneira inusitada: o país está disposto a pagar as férias daqueles que, porventura, forem infectados pelo coronavírus dentro de suas fronteiras.
Atualmente, o país registra 17 mortos e pouco mais de 900 infectados pela doença. O governo do Chipre espera que consiga conter a disseminação do coronavírus até o final de maio. Por isso, desde o início do mês, começou um processo de reabertura econômica, o que incluirá, a partir de junho, a retomada de voos internacionais e a reabertura de hotéis.
Para voltar a atrair os milhares de turistas responsáveis por 13% da economia do país, o governo local disse que cobrirá todos os custos das férias de qualquer turista que contrair o coronavírus dentro do Chipre. Para entrar na ilha, no entanto, os visitantes terão que apresentar teste para coronavírus feito em seu próprio país nas últimas 72 horas.
As autoridades se comprometeram a pagar pelo alojamento, comida, bebida e medicamentos dos viajantes, se obtiverem resultados positivos para o Covid-19 depois de entrar no país. Os turista só precisarão pagar a conta do voo de volta para seus países natais. “Isso garantirá não apenas o cuidado adequado, mas também proporcionará tranquilidade a outros viajantes, que suas acomodações são livres de Covid-19”, disse o governo cipriota em comunicado.
Todo ano, cerca de 4 milhões de turistas visitaram Chipre, gerando uma receita de 2,7 bilhões de euros só em 2019, segundo dados do governo. Além de pagar as despesas de possíveis infectados, o Chipre também informou que poderá abrir um hospital com cerca de 100 leitos dedicados exclusivamente ao tratamento de turistas ─ também de graça.