Peng Shuai: tenista voltou a aparecer publicamente depois de semanas. (Kim Hong-Ji/Reuters)
Reuters
Publicado em 23 de novembro de 2021 às 12h41.
Última atualização em 23 de novembro de 2021 às 12h49.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta terça-feira que "certas pessoas" deveriam parar com o "alarde maldoso" e a "politização" da questão da estrela do tênis Peng Shuai, enquanto governos e organizações continuam a questionar sobre o bem-estar da atleta.
O paradeiro de Peng, ex-número 1 de duplas do mundo, tornou-se um tema de interesse internacional quase três semanas atrás depois que ela publicou uma mensagem em redes sociais alegando que o ex-vice-premiê chinês Zhang Gaoli a agrediu sexualmente.
Ela reapareceu no final de semana em Pequim e realizou uma videoconferência com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), no domingo, mas a Associação de Tênis Feminino (WTA) diz que isto não aborda nem alivia as preocupações sobre seu bem-estar.
Alkan Akad, pesquisador da Anistia Internacional na China, também disse à Reuters que a videoconferência fez pouco para apaziguar os temores sobre o bem-estar de Peng e que o COI está entrando em "águas perigosas".
"Esta não é uma questão diplomática", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, em um briefing de rotina nesta terça-feira.
"Acredito que todos terão visto que ela participou de algumas atividades públicas recentemente e também realizou uma videoconferência com o presidente Bach, do COI. Espero que certas pessoas parem com o alarde maldoso, sem falar na politização", afirmou.