Boone Isaacs: a primeira presidente afro-americana da Academia está deixando o conselho depois de 24 anos (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)
Reuters
Publicado em 12 de maio de 2017 às 22h33.
Los Angeles - A presidente demissionária da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, disse nesta sexta-feira que também está se afastando do conselho de diretores.
O anúncio de Cheryl Boone Isaacs de que não tentará reeleição para o conselho ocorre após controvérsias sobre a diversidade no Oscar e um erro sobre o vencedor de melhor filme na edição deste ano.
Boone Isaacs, a primeira presidente afro-americana da Academia, está deixando o conselho depois de 24 anos, incluindo quatro anos como presidente da Academia.
Sob as regras da Academia, ela não estava elegível para buscar outro mandato como presidente.
"Foi a minha maior honra participar do Conselho de Diretores da Academia em inúmeras competências por mais de duas décadas, e será um privilégio proporcionar a oportunidade de novas vozes", disse ela em um comunicado.
Boone Isaacs não deu nenhuma razão para sua decisão de deixar também o conselho, mas a Academia está sob pressão nos últimos três anos por causa da escassez de negros entre suas fileiras.
No ano passado, a Academia prometeu dobrar a adesão de mulheres e minorias até 2020 e tirar alguns membros mais antigos, integrantes não-ativos com privilégio de voto.
Em fevereiro, uma confusão de envelopes nos bastidores levou o musical "La La Land" a ser anunciado erroneamente como o vencedor do Oscar de melhor filme em vez de "Moonlight".
O erro, considerado o maior da história do Oscar, levou Boone Isaacs a anunciar novos protocolos para a cerimônia de premiação, que inclui a adição de um terceiro auditor e proibição de fotos e outras postagens de mídia social nos bastidores.