Tóquio-2020: os Jogos foram adiados no ano passado devido ao surto global do novo coronavírus (Kyodo News/Getty Images)
AFP
Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 10h23.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 10h41.
O presidente da Tóquio-2020, Yoshiro Mori, disse nesta terça-feira que o Japão realizará a Olimpíada de Verão independentemente da situação da pandemia de covid-19 e que está trabalhando intensamente com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para fazer com que ela aconteça.
"Faremos a Olimpíada, independentemente de como está (a situação do) coronavírus", disse Mori, acrescentando que o debate deveria se concentrar em como, e não se, os Jogos ocorrerão.
Como parte disto, "precisamos analisar maneiras novas de sediar a Olimpíada", disse.
Mori ainda disse que, embora trabalhar em conjunto crie suas dificuldades, os organizadores da Tóquio-2020 e o COI têm um relacionamento forte.
Mori falava no início de uma reunião com a Comissão de Pesquisa Esportiva do Japão.
Os Jogos de 2020 foram adiados no ano passado devido ao surto global do novo coronavírus.
Uma disparada recente de infecções no país que causou um estado de emergência em algumas áreas provocou um questionamento sobre a possibilidade de os Jogos reagendados poderem ser realizados no verão local.
O governo japonês estendeu o estado de emergência pelo coronavírus, nesta terça-feira (2), em várias localidades do país, a menos de seis meses da realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A extensão cobrirá dez das 11 áreas atualmente onde este "status" se encontra em vigor, anunciou o primeiro-ministro Yoshihide Suga, em uma reunião com a força-tarefa responsável pela resposta do governo contra a pandemia da covid-19.
O estado de emergência entrou em vigor no início de janeiro e, por enquanto, foi suspenso em apenas uma região.
"Decidimos prorrogá-lo até 7 de março" nas outras dez, disse o chefe de governo, prometendo que a medida será suavizada conforme a melhora da situação e, em alguns casos, sem precisar esperar até 7 de março.
Ele também comemorou a redução do número de contágios no Japão, graças, segundo ele, à "redução do horário de funcionamento dos restaurantes".
O Japão se viu relativamente pouco afetado pela pandemia, na comparação com outros países, com menos de 5.800 mortos por covid-19 até agora, de acordo com números oficiais.
Seu sistema de saúde está, no entanto, cada vez mais saturado, e a maioria da população apoiou o estado de emergência.
A crise sanitária também diminuiu a popularidade do primeiro-ministro e levantou dúvidas sobre a realização dos Jogos Olímpicos, no final de julho.
Nesta terça-feira, o presidente do comitê organizador, Yoshiro Mori, garantiu que os Jogos, já adiados no ano passado, serão realizados "aconteça o que acontecer" com a pandemia.
"Com toda segurança, vamos avançar, aconteça o que acontecer com a evolução da pandemia", afirmou ele, em uma reunião entre organizadores e políticos japoneses.
"Temos que deixar de lado a pergunta sobre se vão acontecer, ou não. A pergunta é como vamos organizá-los", insistiu.