"13 reasons why": segunda temporada da série foi lançada na Netflix no dia 18 de maio (Netflix/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2018 às 18h23.
Reed Hastings, CEO da Netflix, recebeu críticas de grupos de pais após sua resposta ao questionamento feito por acionistas da plataforma de streaming sobre a renovação da terceira temporada da série 13 Reasons Why e o impacto que a série tem em adolescentes.
Durante o encontro anual de investidores que aconteceu na quarta-feira, 6, Hastings disse que as pessoas não têm obrigação de assistir a produção. "13 Reasons Why vem sendo extremamente popular e envolvente. É controverso, mas ninguém é obrigado a assistir a série", disse Hastings.
A declaração causou polêmica entre grupos que defendem que a série provoca um impacto negativo em crianças e adolescentes que já sofrem com depressão e outros problemas abordados na produção. "Ele [Hastings] proclamou que os ganhos financeiros para a Netflix importam mais do que as consequências reais da sua programação", disse Tim Winter, presidente do grupo Parents Television Council, em comunicado para o site Deadline.
"A Netflix montou uma bomba-relógio para crianças e adolescentes com 13 Reasons Why. Os temas e conteúdos abordados na segunda temporada são piores do que esperávamos", continuou. "Nós reprovamos a renovação da série e a companhia potencialmente já tem sangue nas mãos por mantê-la no seu catálogo", completou Winter.
A segunda temporada de 13 Reasons Why foi lançada na Netflix no dia 18 de maio e o roteiro continua a acompanhar o impacto que o suicídio de Hannah Baker teve nos estudantes da Liberty High School. Um dos pontos mais criticados no enredo da temporada envolveu um potencial tiroteio na escola.