Hot dog Late Late, desenvolvido por Jefferson Rueda para a Lanchonete da Cidade. (Rodrigo Pitta/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 5 de agosto de 2021 às 16h40.
Após 6 anos desde a abertura d’A Casa do Porco e da lanchonete Hot Pork, no centro de São Paulo, e prêmios como o francês La Liste e entre os 50 melhores restaurantes da América Latina e do mundo, Jefferson Rueda acaba de lançar sua marca de embutidos, o Frigorífico Porco Real. A fim de disseminar os produtos sem adição de conservantes, Rueda criou três lanches para a Lanchonete da Cidade.
Os cachorros-quentes assinados pelos chefs Jefferson e Janaína Rueda são feitos com salsicha exclusiva para a Lanchonete, sem conservantes ou corantes, feita com porco caipira criado solto.
O ingrediente faz presença em três hot dogs, como o Late Late (33 reais), uma homenagem ao sanduíche vendido nos carrinhos de rua e que reúne purê de batata, parmesão, milho, ervilha, ketchup, mostarda, maionese, chips de batata.
Ainda em parceria com Jefferson e Janaína, a Lanchonete da Cidade oferece um hambúrguer de porco caipira, o Pig Big (39 reais), com dois burgers smash de porco caipira, alface, queijo, molho especial, cebola, picles no pão com gergelim.
Os lançamentos da lanchonete também incluem a primeira marca especializada em milk shakes da cidade, a Urbana Milkshakeria. São sete receitas (duas delas veganas) desenvolvidas em parceria com o casal Rueda. Todas já presentes nos cardápios das unidades.
Feitos sem corantes, aromatizantes artificiais, gordura vegetal e conservantes, um dos destaques é o milk shake de Frutas Amarelas (32 reais/400 ml), elaborado com calda de frutas amarelas, sorbet de maracujá batido com leite de amêndoa, coberto com espuma de leite de coco com maracujá e finalizado com frutas amarelas.
Após meses com as casas fechadas no ano passado, Rueda e sua esposa Janaína contam com mais três empreendimentos: o Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork e a Sorveteria do Centro, o prêmio vem como um estímulo.
“Ficamos quase quatro meses fechados, mas depois disso realmente foi preciso voltar ao trabalho. Antes da pandemia tínhamos dinheiro em caixa e nenhuma dívida, mas com ela passamos a ter, e uma muito grande. Com o valor daria para abrir mais duas Casas do Porco. Vamos ficar três anos sem lucro, vivendo com salários pequenos, como pró-labore. Tudo bem. Seguimos pela paixão. E em casa cortamos tudo que é supérfluo. Tudo para continuar a trabalhar em prol da cozinha brasileira”, disse Janaína em entrevista à EXAME no final do ano passado.
Ainda com as preocupações de caixa, o último ano trouxe um ritmo mais leve. Com a compra do Sítio Rueda Jefferson se recolheu para plantar e criar, dando mais um passo na defesa da economia regenerativa que pratica há décadas em parceria com pequenos produtores.
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