I-TYPE 7: carro da Jaguar TCS Racing. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 15h43.
Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 11h41.
Quem estiver no Anhembi em São Paulo neste sábado, 7, vai poder ver os carros da Fórmula E acelerando de zero a 100 quilômetros por hora em apenas 1,86 segundo, superando os carros da Fórmula 1. Essa revolução só é possível graças ao esforço das equipes em desenvolver tecnologias para tornar os carros cada vez mais eficientes e as baterias mais poderosas. Novidades que poderão ser vistas nos carros elétricos nas ruas de todo o mundo muito em breve.
Uma das equipes que levam esse desenvolvimento de tecnologia ao extremo é a Jaguar TCS Racing. A escuderia une a Jaguar — que recentemente lançou um carro futurista que gerou polêmica — e a TCS, um gigante de tecnologia. Ambas as marcas pertencem ao grupo indiano Tata, o que facilita o trabalho conjunto.
Como explica François Dossa, head de sustentabilidade e consultor sênior de novos negócios da TCS no Brasil, o fato de pertencerem ao mesmo grupo torna a colaboração mais eficaz. Dossa tem vasta experiência no setor automotivo e foi responsável pela estratégia da Jaguar antes de assumir seu novo posto.
"Um exemplo que já desenvolvemos para o carro da Fórmula E e que estará no novo carro da Jaguar é uma tecnologia para otimizar o rendimento dos motores elétricos, algo que não existe em carros a combustão, mas que já está sendo testado e melhorado na Fórmula E, com planos de ser incorporado nos carros Jaguar", diz ele em entrevista exclusiva à EXAME Casual.
Outra tecnologia usada pela TCS para melhorar o desempenho dos carros da Fórmula E é chamada de Digital Twins (“gêmeos digitais”, numa tradução livre). Com essa tecnologia, a equipe executa simulações contínuas sem a necessidade de um piloto no simulador, validando mudanças de software rapidamente e com robustez. "Isso nos ajuda a melhorar a segurança dos testes. Com carros cada vez mais rápidos, isso faz toda a diferença", afirma Dossa.
A nova era GEN3 Evo da Fórmula E, introduzida com a 11ª Temporada, traz atualizações significativas nas especificações da FIA, que determinam pontos obrigatórios para todos os carros e fabricantes. As atualizações incluem um novo nariz e aerodinâmica aprimorada, que permitirá que os carros rodem de forma mais competitiva. Além disso, os novos pneus Hankook iON oferecem de 5% a 10% mais aderência — um grande desafio para todas as equipes.
A Jaguar projetou uma série de atualizações tecnológicas adicionais para o I-TYPE 7. A principal delas é o trem de força traseiro totalmente novo, composto por inversor, MGU e transmissão. Esse novo sistema não só é diferente do anterior mas também proporciona um melhor equilíbrio geral de manuseio, além de reduzir o peso dos sistemas elétricos auxiliares.
Tudo está pronto no complexo do Anhembi, em São Paulo, para receber a primeira corrida da 11ª Temporada da Fórmula E, com carros 100% elétricos. A corrida acontece neste sábado, 7, a partir das 14 horas. As equipes passaram os últimos meses lutando para extrair décimos de segundo vitais de seus carros, mas o verdadeiro teste acontecerá no Brasil, quando os 22 pilotos de classe mundial entrarão no grid para mostrar o que realmente têm na manga.
O E-Prix de São Paulo 2024/25 começa na sexta-feira, 6 de dezembro, com o treino livre 1 às 17h. O treino livre 2 acontece no dia da corrida, às 7h30, e a qualificação será às 9h30, com a corrida marcada para as 14h.
Há ingressos disponíveis para todos os setores, com preços a partir de R$ 355 (inteira). Também há uma opção de ingresso solidário, que inclui a doação mínima de R$ 20 para a fundação Voice of the Oceans.