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Carlinhos Brown: música é anestésico em época de crise

Brasileiro fará show em Madri neste domingo; dia 13, ele participa do Festival de Casablanca no Marrocos

Carlinhos Brown (Wikimedia Commons)

Carlinhos Brown (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2011 às 10h38.

Madri - O artista brasileiro Carlinhos Brown, que neste domingo fará show em Madri, diz que a música pode servir como "anestésico" nesta época de crise econômica e demonstra "felicidade" de poder trazer à Europa "um pouco de sua alegria".

"Neste momento não apenas recompensas monetárias importam, o importante é a alegria, a recompensa da alma", afirmou em entrevista à Agência Efe.

O cantor, que se considera um otimista, está apresentando em sua turnê europeia, que iniciou na quinta-feira no Festival de Liubliana (Eslovênia), seus dois novos álbuns: "Adobró" e "Diminuto".

Dois trabalhos que, apesar de coincidirem no tempo, cumprem necessidades muito diferentes do músico.

Em "Adobró" ele mostra sua face mais conhecida do público europeu, a do "carnaval", com suas características canções rítmicas e cheias de alegria. Aquela que, segundo ele, o "transformou em um animador".

"Escrevi muito para o carnaval porque como compositor tenho facilidade para criar marchas", justifica.

No entanto, Carlinhos reconhece que "precisa fazer um disco de canções" influenciadas pelo cancioneiro mais tradicional "da cultura brasileira" e acrescenta que "não podia matar esse talento" que possui "por natureza".

Por isso "Diminuto" está repleto de "bossa nova" e sons acústicos. Um estilo que, embora poucos associem a ele, foi fundamental em seus primeiros discos. "Com 'Diminuto' tenho a oportunidade de voltar às bases harmônicas, às poesias e a uma leitura perdida da música", comenta.

Um desaparecimento que atribui às companhias fonográficas, às quais acusa de "esquecerem-se que o mundo é um cancioneiro" e de concentrarem-se na música "mais comercial".

É "incrível", continua, apesar de o disco receber "boas críticas", a maior demanda é por "Adobró".

Consciente das dificuldades econômicas do momento, Carlinhos Brown sustenta que, apesar da crise, os músicos devem seguir fazendo shows pelo "contato" que mantêm com o público. Não fazê-lo, acrescenta, seria uma "desatenção" por sua parte.

Lembra que a Espanha "deu muitas coisas" e, por esse motivo, agora está buscando patrocinadores para fazer shows gratuitos. "Eu não estou em crise com meu público", ressalta.

Enquanto isso, já prepara o concerto deste domingo em Madri, onde combinará várias músicas de seus dois novos trabalhos com canções de álbuns anteriores.

Também prevê uma viagem por teatros europeus que poderia ser realizada nos próximos meses e que, admite, tem "muitíssima vontade" de trazer ao velho continente porque foi preparada para ser interpretada nele.

Entre seus próximos projetos, o cantor tem a gravação da trilha sonora de um filme baseado no romance de Jorge Amado, "Capitães da Areia". "Acho que compor para o cinema me faz muito bem", assinala.

Coincidindo com o 21º aniversário do grupo Timbalada, formação com a qual ganhou notoriedade nos anos 90, Brown tem pensado gravar um álbum com vários colaboradores.

Após atuar em Madri, Carlinhos Brown viajará para o Marrocos para participar do Festival de Casablanca no dia 13 de julho

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