Sharon Jones: cantora de soul e funk indicada ao Grammy lutava contra o câncer desde 2013 (Marianna Massey/Getty Images)
AFP
Publicado em 19 de novembro de 2016 às 17h18.
São Paulo - Sharon Jones, cantora de soul e funk indicada ao Grammy e que chegou a ser chamada por alguns de "versão feminina de James Brown", morreu aos 60 anos, depois de uma longa batalha contra o câncer de pâncreas.
"Ela estava cercada por aqueles que amava, incluindo os Dap-Kings", sua banda de apoio, quando morreu na sexta-feira em Cooperstown, Nova York, anunciou o grupo em um comunicado.
Jones lutava contra o câncer desde 2013, uma batalha relatada no documentário "Miss Sharon Jones".
A cantora só ganhou fama na meia-idade. Antes, ela trabalhou como guarda na prisão de Rikers Island,, Nova York, e como segurança de banco para se sustentar enquanto tentava um espaço na indústria musical.
E sua grande chance veio em 1996, aos 40 anos, quado ela se apresentou como backing vocal do cantor Lee Fields.
A artista lançou uma série de singles, incluindo "Damn It's Hot" e versões de clássicos do funk como "I Got the Feelin'" e "Hook & Sling", antes de liderar a banda Sharon Jones and the Dap-Kings, com a qual gravou sete álbuns.
"Give the People What They Want" recebeu uma indicação ao Grammy em 2014 na categoria melhor álbum de R&B.
Conhecida pela grande voz e suas performances dinâmicas no palco, Jones era comparada por muitos ao falecido James Brown, um dos ídolos da cantora.
Ela também se apresentou com Michael Buble, Lou Reed e Stevie Wonder durante sua carreira.
Nascida em Augusta, Geórgia, em 4 de maio de 1956, Sharon Lafaye Jones era a mais nova de seis irmãos. A família se mudou para o Brooklyn, Nova York, quando ela era adolescente.
Ela passou a cantar na igreja e o início de sua carreira musical foi limitado a bandas de casamento e algumas sessões de estúdio.
Jones não era casada. Quatro de seus cinco irmãos estão vivos.