Dublin - A cantora inglesa Marianne Faithful revelou que seu ex-namorado, o traficante de drogas Jean de Breiteuil, "matou por acidente" o líder do The Doors, Jim Morrison, informou nesta quarta-feira a revista musical "Mojo".
Em entrevista à publicação citada, a cantora e atriz, que lançará um novo álbum no final de setembro, se mostra disposta a confirmar uma das muitas versões que circulam sobre a morte de Morrison, ocorrida em Paris no dia 3 de julho de 1971, quando o mesmo tinha 27 anos de idade.
Na ocasião, o relatório médico apontou que o cantor americano havia morrido por causa de uma parada cardíaca, agravado pelo abuso de álcool, embora as autoridades francesas não tenham realizado uma autópsia por não considerar que a morte estivesse relacionada a uma causa violenta.
No entanto, muitos sustentaram que Morrison sofreu uma overdose de heroína fornecida por Breiteuil, companheiro sentimental de Faithfull na época e que era conhecido como "traficante de famosos".
O casal passava o verão em um hotel parisiense, e Breiteuil foi ao encontro do líder dos The Doors em seu apartamento, situado na Rua Beautreillis, enquanto Faithfull preferiu ficar no quarto porque "teve a intuição de que poderia ter problemas".
"Pensei, "vou tomar um pouco de Tuinal (barbitúricos) e não vou ir lá". E ele (Breiteuil) foi encontrar Jim Morrison e o matou. O que quero dizer é que tenho certeza de que foi um acidente", declarou a artista, também ex-namorada do líder dos Rolling Stones, Mick Jagger.
"Pobre bastardo. Foi que a "dose" era forte demais? Sim. E morreu. E eu não sabia nada sobre isto. De todas as maneiras, todo mundo relacionado com a morte deste pobre menino já está morto. Exceto eu", acrescentou Faithfull, de 67 anos.
Segundo suas declarações à "Mojo", essa confissão 43 anos depois é uma consequência das "incríveis perguntas" feitas pelos jornalistas no momento em que ela seguia para Londres para "fazer promoção" de seu novo álbum.
"Não gosto de Londres (...) A última vez que estive aqui um jornalista perguntou exatamente por que eu havia matado Jim Morrison", contou Faithfull.
"Decidi levar ele a sério e contar exatamente o que ocorreu e por que eu não matei Jim Morrison. Embora soubesse quem havia feito".
O novo álbum de Marianne Faithfull, "Give My Love to London", será lançado no dia 29 de setembro e conta com a colaboração de artistas como Nick Cave, Roger Waters e Anna Calvi, entre outros.
Após o lançamento deste novo álbum, a cantora, compositora e atriz deverá realizar uma turnê mundial para celebrar 50 anos de carreira.
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1. Revoluções musicais
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São Paulo – Desde que começou a se desenvolver, entre o final dos anos 40 e começo dos 50, o
rock não é o mesmo. Na medida em que o gênero musical se espalhava e novos artistas surgiam, diferentes técnicas e subgêneros também começaram a pipocar. Nesse emaranhado, fica difícil determinar uma
música (ou um artista) responsável por criar um novo estilo ou alterar o curso das coisas. No entanto, há algumas faixas que merecem destaque por, de alguma maneira, fazer revoluções no gênero. Com a ajuda do crítico de música da revista Bravo José Flávio Júnior, EXAME.com aproveita o Dia Mundial do Rock, comemorado nesta sexta-feira, e traz alguns clássicos que representaram rupturas consideráveis no rock mundial. A lista a seguir não tem a pretensão de ser uma palavra final sobre o assunto. Clique nas imagens para conferir e, se você tiver uma opinião diferente, faça a sua e comente.
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2. Purple Haze
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Gravada em 1967 por Jimi Hendrix, “Purple Haze” é uma das músicas mais importantes do artista, dando a ele projeção internacional. A faixa, listada no 17º lugar no ranking das
"500 Melhores Canções de Todos os Tempos" da revista Rolling Stones, é representante dos sucessos que consagraram Hendrix como o melhor guitarrista de todos os tempos, ainda segundo a publicação americana. Em sua carreira de apenas cinco anos, encerrada em 1970 com sua morte, o músico inovou trazendo técnicas como a microfonia, o pedal wah-wah, estereofonia e phasing (composição progressiva) nas gravações. Assim, ele influenciou fortemente as gerações seguintes.
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3. Helter Skelter
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“Helter Skelter”, dos Beatles, representou uma revolução para além da música. Segundo José Flávio Júnior, alguns a consideram como precursora do heavy metal, apesar de o subgênero ter nascido efetivamente depois da gravação da faixa, composta em 1968 por Paul McCartney. “Ela foi uma premonição de músicas que viriam depois e ainda segue no repertório dos shows do Paul. Até hoje ela é considerada pesada, desagradável, e mantém a chama do rock”, afirma o crítico. Outro motivo que deixa “Helter Skelter” em um patamar diferenciado é também indesejável. Por ser um som confuso, como o nome sugere, a música foi uma espécie de inspiração de duas chacinas em Hollywood, cometidas por Charles Manson e um grupo que liderava, no ano de 1969. Após matar suas vítimas, os criminosos escreveram "Helter Skelter" nas paredes com sangue, entre outras mensagens.
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4. (I Can’t Get No) Satisfaction
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Para José Flávio, até hoje, “(I Can’t Get No) Satisfaction”, dos Rolling Stones, é o maior hino do rock. Com uma letra simples, porém marcante, a música lançada em 1965 reflete a mentalidade do gênero, muito ligada à rebeldia, à contestação e, por que não, à sexualidade e à libido. Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, a faixa ocupa o segundo lugar na lista de "500 Melhores Canções de Todos os Tempos", na edição americana da Rolling Stone.
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5. Black Sabbath
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Se “Helter Skelter”, dos Beatles, pode ser considerada como parte dos primórdios do heavy metal, a música “Black Sabbath”, que inaugurou o trabalho da banda homônima, está ainda mais próxima da origem do subgênero. Inspirados pelo cinema de terror, a intenção do grupo, quando surgiu, em 1968, era fazer algo aterrorizante, segundo José Flávio. A música Black Sabbath, lançada no primeiro álbum do grupo, em 1970, representa exatamente isso, abrindo portas para outras bandas explorarem o lado mais obscuro da música.
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6. Starman
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O impacto de David Bowie e da fase em que encarnou o personagem Ziggy Stardust ultrapassou os limites da música. “Starman”, lançada no álbum de 1972 “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, é um grande sucesso que exemplifica a revolução que o artista provocou no rock. Com os cabelos vermelhos, roupas esdrúxulas e maquiagem forte, Bowie deu um toque teatral ao gênero, dando forma à vertente do glam rock, marcados pelos figurinos espalhafatosos e andróginos.
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7. God Save The Queen
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Os sucessos do Ramones construíram a história do punk rock, mas, na visão de José Flávio Júnior, “God Save The Queen”, do Sex Pistols, é a que realmente revolucionou o subgênero. A música, de 1977, causou polêmica por ser lançada no mesmo momento das comemorações de 25 anos da chegada de Elizabeth II ao trono inglês. E é por seu perfil contestador e agressivo que o crítico deu destaque a ela.
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8. I Love Rock’n Roll
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A versão da cantora Joan Jett, de 1982, foi muito mais bem sucedida do que a original, gravada em 1975 pelo The Arrows. Para o crítico musical, “I Love Rock’n Roll” representa a revolução feminina no rock. Joan Jett, que integrou a banda de mulheres The Runaways e lançou o hit com seu grupo The Blackhearts, deu vida à faixa e injetou de vez hormônios femininos no gênero. “Essa é uma música que não deixa de ser sensual, que tem uma vontade de seduzir, mas, ao mesmo tempo, se impõe”, afirma. Hoje, ela já chega a ser clichê, tendo até uma versão da cantora pop Britney Spears, de 2002.
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9. Polícia
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No rock nacional, muitos artistas tiveram grande importância, como Roberto Carlos e Erasmo Carlos e os Mutantes. Mas, para o crítico musical, os representantes da revolução do gênero no país são os Titãs, com a faixa “Polícia”. O hit foi lançado em 1987 com o álbum “Cabeça de Dinossauro” e mostra a face punk rock do grupo brasileiro, com questionamentos e a contestação socioeconômica típica desse subgênero. “Essa música foi muito importante, é um clássico dos Titãs e já foi até gravada pelo Sepultura”, afirma José Flávio Júnior.
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10. Smells Like Teen Spirit
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Grande sucesso da banda Nirvana, “Smells Like Teen Spirit” mudou os rumos do rock ao fazer parte da inauguração do grunge, nos anos 90. A música foi lançada em 1991, como parte da cena do rock alternativo, que acabou se tornando muito popular. Hoje, ela está posicionada no nono lugar do ranking das "500 Melhores Canções de Todos os Tempos", da Rolling Stone.
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11. Seven Nation Army
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Lançada em 2003 pela banda White Stripes, “Seven Nation Army” é o grande destaque da última década, segundo José Flávio Júnior. Com um ritmo marcante, a canção já se elevou ao patamar de clássico do rock, mesmo tendo sido criada há relativamente pouco tempo. Extrapolando os aparelhos de som e os shows, a faixa ganhou lugar cativo nas torcidas de futebol da Europa e do clube brasileiro Internacional, de Porto Alegre.
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12. Agora, veja as músicas que já foram muito tocadas em filmes
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12/12 (Divulgação)