Cartaz do filme "Clube de Compras Dallas": Cinco dos nove longas indicados na categoria melhor filme em 2014 tiveram a ajuda de investidores de fora dos estúdios de Hollywood (Divulgação / Universal Pictures)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 14h51.
Los Angeles - Joe Newcomb, que depois de fazer carreira medíocre como jogador de beisebol ficou rico comercializando produtos químicos no Texas, estará torcendo na plateia do Oscar, no teatro Dolby, em 2 de março.
Newcomb financiou "O Clube de Compras de Dallas", candidato azarão ao Oscar de melhor filme. Na categoria dos financiadores cinematográficos, ele tem a companhia de Megan Ellison, filha do executivo-chefe da Oracle, que deu dinheiro para "Trapaça" e "Ela"; de Bill Pohlad, de "12 Anos de Escravidão", cuja família é dona do time de beisebol Minnesota Twins; e dos financistas que reuniram investidores da Ásia e Oriente Médio para fazer "O Lobo de Wall Street".
Sempre houve magnatas do petróleo e outros endinheirados ávidos por investidores em Hollywood, mas os últimos anos mostram que eles têm um papel cada vez mais importante na produção dos candidatos ao Oscar.
Cinco dos nove longas indicados na categoria melhor filme em 2014 tiveram a ajuda de investidores de fora dos estúdios de Hollywood, que vêm tentando reduzir o risco nas suas produções.
"O modelo de negócios dos estúdios não acomoda mais um monte de filmes que lutam pelo tipo de sucesso crítico que apoiaria uma campanha ao Oscar", disse Steven Prough, diretor-gerente do banco de investimentos Salem Partners.
"Eles querem filmes que tenham uma possibilidade mais alta de atraírem as plateias internacionais, o que é gerado por grandes orçamentos e efeitos especiais." Pohland e Ellison já estiveram na torcida antes. Ellison financiou "A Hora Mais Escura", candidato ao Oscar no ano passado, e Pohland esteve por trás de "O Segredo de Brokeback Mountain", em 2006, e de "A Árvore da Vida", em 2012.
A Annapurna Pictures, de Ellison, ganhou importância nos últimos anos em Hollywood, e não só por causa do talão de cheques da moça, mas também por causa da sua disposição para assumir riscos e apoiar diretores.
Ellison "realmente acreditou em nós e se manteve firme conosco em um projeto que poderia ter assustado muitas outras pessoas", disse David O. Russell, diretor de "Trapaça". "Ela realmente confiou nos seus próprios instintos, e serei grato a ele para sempre por isso."