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Cai o consumo de água de coco nos Estados Unidos, saiba o motivo

A água de coco encerrou sua ascensão meteórica e começou a perder participação à medida que consumidores se voltavam para outras opções da moda

Garrafas da Vita Coco clicadas nos Estados Unidos  (Andrew Harrer/Bloomberg)

Garrafas da Vita Coco clicadas nos Estados Unidos (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Daniel Salles

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 16h29.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 18h17.

Há apenas alguns anos, a água de coco voava das prateleiras dos supermercados. Enquanto os consumidores compravam cada vez mais a bebida naturalmente doce, fabricantes introduziam novas marcas e bares criavam coquetéis exclusivos. Mas, como foi observado com a popularidade cada vez menor das batatas fritas sem gordura, os gostos mudam.

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A água de coco encerrou sua ascensão meteórica e começou a perder participação à medida que consumidores se voltavam para outras opções da moda, incluindo as seltzers com sabor que ganharam popularidade recentemente. O último golpe veio com a recente decisão da Coca-Cola de descontinuar a marca de água de coco Zico, como parte de uma poda de “produtos de baixo desempenho”.

“A água de coco registrou um pico vários anos atrás, pois era a bebida popular do momento”, disse George Daines, comerciante global da categoria de bebidas do Whole Foods. “Os clientes agora têm muitas opções concorrentes para a ocasião de uso da água de coco.”

Desde o pico em 2016, as vendas de água de coco nos EUA caíram 16%, de acordo com dados da Euromonitor. A queda se acelerou nos últimos anos.

Marcas registraram quedas semelhantes. As vendas de varejo da Zico caíram cerca de 7% no ano passado, enquanto as da O.N.E., marca da PepsiCo, tiveram baixa de quase 13%, segundo a Euromonitor.

É verdade que a água de coco sempre teve seus detratores. Não é preciso pesquisar muito online para encontrar reclamações sobre a textura, cheiro ou sabor.

Mudança de mercado
Apesar dos problemas de algumas marcas, a demanda por água de coco em geral poderia aumentar durante a pandemia, que levou consumidores a estocarem bebidas, salgadinhos e produtos de limpeza. Esse fenômeno de carregamento de despensa impulsionou as vendas de muitos tipos de produtos embalados.

Michael Kirban, que fundou a Vita Coco, continua otimista com a categoria e com sua própria marca. Ele reconheceu a desaceleração em 2018 e no início de 2019, que atribuiu a problemas de como os varejistas posicionaram os produtos. Mas há sinais de recuperação mais recentemente, com o auxílio de novas ofertas, disse. As vendas de Vita Coco aumentaram 13% nas últimas 52 semanas e um pouco mais nos últimos meses.

E, mesmo que a categoria tropece novamente, a saída da Coca-Cola do segmento dá lugar para outras marcas entrarem.

“Com a saída da Zico e todas as outras marcas indo embora, isso nos dá mais presença de prateleira para introduzir mais inovação e mais pessoas na categoria”, disse Kirban, que é CEO da empresa. “Então, na verdade, estamos em um lugar muito interessante.”

Com a colaboração de Brett Pulley.

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