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Brasil quer superar México, a pedra no sapato

Seleção brasileira enfrenta amanhã o México, que o técnico Luiz Felipe Scolari definiu como pedra no sapato


	Seleção Brasileira: Brasil precisará mostrar mais firmeza do que na estreia
 (Marcelo Camargo/ABr)

Seleção Brasileira: Brasil precisará mostrar mais firmeza do que na estreia (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 14h34.

Fortaleza - A seleção brasileira enfrenta nesta terça-feira em Fortaleza o México, que o técnico Luiz Felipe Scolari definiu como "pedra no sapato", uma partida entre duas equipes que venceram na estreia e podem dar um grande passo rumo à classificação para as oitavas de final.

A vaga para a segunda fase pode ser garantida matematicamente com uma vitória sobre os mexicanos e um empate na partida entre Croácia e Camarões, marcada para o dia seguinte em Manaus.

Para isso, porém, o Brasil precisará mostrar mais firmeza do que na estreia, quando sofreu muito para vencer os croatas de virada por 3 a 1, em São Paulo, em partida na qual foi beneficiado por um pênalti duvidoso marcado em Fred.

Já os mexicanos obtiveram uma vitória 'magra' por 1 a 0 sobre Camarões, em Natal, mas poderiam ter conseguido um placar mais elástico se dois gols não tivessem sido mal anulados.

As polêmicas com a arbitragem deixaram os mexicanos com receio de ter que lidar com um 'apito caseiro'.

"É algo que não podemos controlar, você tem que aceitar as coisas e torcer para que coisas deste tipo não aconteçam", declarou o capitão mexicano Rafael Márquez, ex-zagueiro do Barcelona, que está em seu quarto Mundial.

Carrasco olímpico

O último confronto entre as duas equipes aconteceu na Copa das Confederações, com vitória por 2 a 0 dos comandados do técnico Luiz Felipe Scolari. Os gols foram marcados por Neymar e Jô. Curiosamente, esta partida também aconteceu em Fortaleza, pela segunda rodada da fase de grupos.

"Fizemos um ótimo jogo, começamos bem, partimos para cima do México e fizemos um gol logo no início. Mesmo assim, foi um jogo difícil, então a gente espera um jogo difícil também. Queremos vencer, somar os seis pontos, e, para isso, teremos que ser quase perfeitos", avisou Oscar, um dos destaques da vitória sobre os croatas na estreia.

"Vamos fazer de tudo para sairmos com a vitória, não importa se jogarmos bem ou mal. Vai ser um jogo completamente diferente daquele que fizemos contra a Croácia. O México tem uma boa saída de bola também e contra-ataques rápidos", completou.

Contra Camarões, 'El Tri' mostrou qualidade no toque de bola, com jogadores velozes e habilidosos como o volante Héctor Herrera ou os atacantes Peralta e Giovanni dos Santos, filho de um ex-jogador brasileiro que fez carreira no México.


Peralta traz péssimas memórias ao torcedor brasileiro, já que foi o 'carrasco' da seleção olímpica que perdeu a final dos Jogos de Londres-2012 por 2 a 1 para os mexicanos, em Wembley.

"Perder na Olimpíada foi muito frustrante, porque é um título que o Brasil ainda não tinha. Eu estava lá e, com o grupo que tínhamos, foi frustrante perder. Sem querer desrespeitar o México", afirmou o atacante Hulk, autor do único gol brasileiro na decisão, já nos minutos finais da partida.

Hulk é dúvida

Apesar da derrota ainda engasgada, o paraibano não vê a partida desta terça-feira como uma revanche.

"Não vamos levar como vingança. Se pensar nisso, pode prejudicar. Mesmo quando enfrentamos o México na Copa das Confederações, não estávamos pensando em vingança. Vamos enfrentar o jogo como uma decisão, como enfrentamos todos os jogos" completou o atacante.

Hulk, mostrou-se empolgado por voltar a jogar no nordeste, mas virou dúvida no domingo, quando sentiu dores na coxa e deixou o treino mais cedo do que os companheiros.

"Senti um incômodo e resolvi sair por precaução. Não quero perder esse jogo de jeito nenhum, porque vai ser no Nordeste, toda minha família vai estar lá. Espero estar 100%. Vou me sentir em casa, com certeza vou ser bem recebido. Se Deus quiser, vou jogar e vamos ganhar este jogo", afirmou o atacante, que foi substituído por Ramires no coletivo, mas também pode dar lugar a Willian ou Bernard.

"Quando o Brasil joga no Nordeste é sempre festa. Tudo começou no nordeste na Copa das Confederações quando o hino foi cantado por todo mundo a capela (em Fortaleza, também contra o México)", completou.

As duas equipes se enfrentaram três vezes em Copas do Mundo, com três vitórias brasileiras, as três em partidas de estreia. As duas primeiras foram de goleada (4-0 em 1950, no Maracanã e 5-0 em Genebra, na Suíça-1954). Na terceira e última, Garrincha e companhia venceram por 2 a 0 no início da campanha do bi, no Chile-1962, em Viña Del Mar.

No total, foram 37 jogos com a seleção principal, com 22 vitórias, seis empates e dez derrotas, sendo que nenhum dos 16 jogos disputados em competições oficiais terminou empatado.

Desde o início do século XXI, porém, o retrospecto é favorável aos mexicanos, que venceram seis jogos em 13 partidas, contra apenas quatro vitórias brasileiras e três empates.

- Escalações prováveis:

Brasil: Julio César - Daniel Alves, Thiago Silva (cap), David Luiz, Marcelo - Oscar, Paulinho, Neymar, Luiz Gustavo, Hulk (Ramires) - Fred. T: Luiz Felipe Scolari.

México: Guillermo Ochoa - Paul Aguilar, Francisco Rodríguez, Rafael Márquez (cap), Héctor Moreno, Miguel Layún - Héctor Herrera, José Vázquez, Andrés Guardado - Oribe Peralta, Giovani Dos Santos. T: Miguel Herrera.

Árbitro: Cuneyt Cakir (TUR).

*Atualizada às 14h33 do dia 16/06/2014

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