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Brasil enfrenta Holanda em despedida amarga após Mineiratzen

Após sofrer a maior humilhação da sua história, a seleção brasileira volta a campo neste sábado para disputar o terceiro lugar da Copa contra a Holanda


	Felipão: Brasil não tem praticamente nada a ganhar
 (REUTERS/Sergio Perez)

Felipão: Brasil não tem praticamente nada a ganhar (REUTERS/Sergio Perez)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 09h12.

Brasília - Quatro dias depois de sofrer a maior humilhação da sua história, a seleção brasileira volta a campo neste sábado em Brasília para disputar o terceiro lugar da Copa do Mundo contra a Holanda.

Independente do resultado, nada poderá apagar o vexame da goleada de 7 a 1 sofrida para a Alemanha, na última terça-feira no Mineirão.

O Brasil não tem praticamente nada a ganhar com uma vitória e a derrota só deixaria o ambiente ainda mais pesado.

Mesmo assim, o técnico Luiz Felipe Scolari pode aproveitar a partida para dar tempo de jogo a atletas que tiveram poucas oportunidades na Copa e podem ser importantes no futuro da seleção.

O maior exemplo é William, que nunca foi titular com a camisa da seleção brasileira.

Aos 25 anos, o meia já mostrou que tem potencial para ser um jogador importante para a equipe nos próximos anos.

Dar experiência de um jogo de Copa do Mundo a alguns atletas pode ser a primeira etapa do planejamento para o próximo Mundial, em 2018, na Rússia.

O desastre da derrota para os alemães mostrou falhas evidentes na preparação dos atletas para este Mundial, principalmente no que diz respeito à questão emocional.

Na disputa do terceiro lugar, a pressão será bem menor e os atletas terão a oportunidade de mostrar que são capazes de derrotar uma grande equipe, além de dar um pouco de alegria à torcida, que ainda está em estado de choque.

Revanche de 2010

Para os holandeses, a despedida também terá um sabor amargo.

O sonho do primeiro título foi adiado novamente e a equipe ainda terá que lidar com o desgaste de ter disputado duas prorrogações nas últimas partidas, incluindo disputas de pênaltis, na vitória sobre Costa Rica nas quartas de final e na derrota para a Argentina nas semifinais.

"Acho que este jogo nem deveria ser jogado. É injusto, porque temos um dia a menos para nos recuperar. Mas o pior é a possibilidade de perder duas vezes seguidas. É um torneio em que você jogou maravilhosamente e pode sair como um perdedor. Já digo isso há 20 anos. Não acho que faz sentido jogar pelo terceiro lugar, já que só tem um prêmio que é o primeiro lugar", reclamou o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, depois da eliminação da sua equipe.

A partida será a repetição das quartas de final do último Mundial, em 2010, na África do Sul, quando os holandeses eliminaram o Brasil ao vencer de virada por 2 a 1.

Da seleção atual, três jogadores estavam em campo (Júlio César, Daniel Alves e Maicon), um ficou no banco de reservas (Thiago Silva) e outro estava suspenso (Ramires).

A eliminação ficou engasgada para Júlio César, considerado um dos vilões daquela derrota por ter falhado no lance do empate holandês.

Uma vitória sobre a Holanda não vingará aquele episódio e muito menos apagará a humilhação do massacre do 'Mineiratzen', mas pode ajudar os jogadores a sair de cabeça erguida.

A seleção terá um torcedor para especial, o jovem craque Neymar, que ficou fora da equipe depois das quartas de final por ter fraturado uma vértebra ao receber uma joelhada na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, mas se uniu ao elenco na quinta-feira em Teresópolis e viajará com os companheiros para assistir à partida.

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