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Black Sabbath faz show memorável no Rio de Janeiro

Com três dos quatro membros originais reunidos pela primeira vez desde 1979, a banda recuperou seu som mais obscuro, denso e pesado


	Ozzy Osbourne em show em 2010: no último bis, a banda britânica deleitou o público com "Paranoid"
 (Dido/Flickr)

Ozzy Osbourne em show em 2010: no último bis, a banda britânica deleitou o público com "Paranoid" (Dido/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 07h22.

Rio de Janeiro - Com clássicos que já são hinos do rock e alguns de seu novo disco "13", a banda britânica de heavy metal Black Sabbath deslumbrou na noite do domingo o público do Rio de Janeiro, que dançou e cantou ao ritmo dos veteranos músicos de Birmingham, em show realizado no Sambódromo.

Com três dos quatro membros originais da banda reunidos pela primeira vez desde 1979, o Black Sabbath recuperou seu som mais obscuro, denso e pesado em uma turnê sem retorno para os primeiros anos da banda, a era em que os britânicos estabeleceram os fundamentos do heavy metal.

No Sambódromo, lotado para a ocasião apesar do alto preço dos ingressos, os fãs puderam desfrutar de um Ozzy Osbourne em notável forma musical que deliciou os amantes do heavy metal mais clássico e esbanjou energia sobre o palco apesar de seus 64 anos.

Ozzy esbanjou energia no palco: dançou, animou com seus gestos o público e até relembrou sua cena mais clássica ao aparecer com um morcego de plástico entre os dentes em um momento do espetáculo.

A seu lado, Tony Iommi, alma e principal compositor da banda, permitiu aos presentes viajar 40 anos no tempo com seus riffs obscuros e carregados de força que abriram o show com "War Pigs", e que se estenderam ao longo da noite com canções como "Black Sabbath" e "Dirty Women".

Com ritmos de compasso lento e a solidez apresentada pelo terceiro membro de fundação da banda, Geezer Butler no baixo, o show mostrou todos os elementos característicos do grupo em músicas de seu novo disco como "End of the Beginning", "Age of Reason" e "God is Dead?"


O público - no qual se misturaram fãs mais velhos e alguns muito jovens, vários deles com óculos escuros ao estilo de Ozzy -, se entregou e perdoou as notas fora de tom do cantor britânico.

Além disso, aplaudiu as referências feitas no palco às primeiras críticas nascidas nos anos 60 contra o grupo e que lhes tachavam de satânicos. Imagens daqueles protestos nos Estados Unidos se alternaram com bençãos contínuas de Ozzy ao público que surpreenderam alguns dos mais veteranos.

Tommy Clufetos, habitual percussionista de Ozzy e único membro do quarteto que não participou da fundação da banda em 1968, completou o elenco do Black Sabbath protagonizando um dos momentos mais memoráveis do show com um solo de bateria que permitiu a Ozzy, Iommy e Butler fazer um intervalo para descanso.

Apesar de cumprir amplamente o papel que lhe foi atribuído, não conseguiu fazer os fãs esquecerem a ausência do baterista original, Bill Ward, ausente por falta de acerto financeiro e que teria completado um reencontro lendário.

Os compassos de "Children of the Grave" acendeu o Sambódromo por volta a meia-noite como aperitivo para o toque final, quando, já no último bis, a banda britânica deleitou o público com "Paranoid".

Quando soaram sobre o palco os primeiros acordes da música, o público subiu os decibéis sabendo que se aproximava o final de uma noite que alguns lembrarão como a última vez que viram os criadores do heavy metal e outros como a qual tiveram a oportunidade de conhecer de primeira mão o ritmo que deu forma ao gênero.

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