Muitos empreendedores já sabem: a última sexta-feira de novembro é o momento de colocar descontos agressivos para fazer bonito na Black Friday. (Violeta Stoimenova/Getty Images)
Julia Storch
Publicado em 12 de julho de 2022 às 07h30.
Última atualização em 12 de julho de 2022 às 11h29.
Turismo, idas a restaurantes e teatros e compra de roupas e calçados foram os itens que ficaram de fora da lista de prioridade de consumo entre 2021 e este ano. Porém, a Black Friday, que acontece na última sexta-feira de novembro, representa um momento de aquecimento do consumo, já que há uma expectativa para apreciar as promoções.
Com isso, uma pesquisa da Globo mapeou as tendências de consumo para Black Friday 2022, disponibilizada através da Plataforma Gente.
Para 62% dos consumidores, existe uma expectativa de melhora para o segundo semestre do ano, sendo que para 47%, a vida financeira vai melhorar a partir de julho de 2022. Já 15% dos entrevistados acredita que as melhorias aconteçam a partir de outubro de 2022, enquanto 22% esperam que isso aconteça no início de 2023.
Com essa possível melhora, 34% das pessoas pretendem comprar roupas e calçados, 32% pretendem gastar com alimentação e bebidas e 26% preferem investir na educação, com cursos e escola.
A variação de vendas do comércio também aponta crescimento para o segundo semestre em comparação ao primeiro semestre de 2022, já que conta ainda com importantes datas comemorativas como Dia dos Pais, Copa do Mundo e a própria Black Friday.
A Copa do Mundo, que acontecerá a partir de novembro, será um estímulo ao consumo, visto que 56% dos entrevistados afirmaram que vão comprar algum produto por conta da Copa. Sendo roupas e acessórios (20%), eletrônicos (15%) e compras de supermercado (14%) as três principais categorias de consumo.
Dos que pretendem comprar algo em função da Copa, 72% também têm a intenção de comprar na Black Friday.
E para a Black Friday deste ano, 50% dos consumidores já afirmam que pretendem comprar algum produto, um crescimento de 3% em comparação com 2021. Na classe A, esse número é ainda maior, 65% pretendem realizar alguma compra na data.
No ano passado, 80% dos consumidores se declararam satisfeitos ou muito satisfeitos com suas compras de Black Friday.
Porém, muitos consumidores esperavam descontos maiores (40%) e fretes mais baratos (39%), motivo pelo qual deixaram de fazer uma compra.
Em 2021, o e-commerce se destacou, sendo o canal que o consumidor mais comprou na Black Friday. Porém, vale ressaltar que em 2022, 71% dos entrevistados declaram que omnichannel oferece uma boa experiência de compra.
Aplicativos estão se consolidando como um meio importante para o varejo na Black Friday. Em 2021, na mesma data, as vendas por aplicativo cresceram 55%. A participação das vendas por meio de apps representou 21% da receita total das vendas online. Somente em um dia da BF de 2021, foram entregues mais de 10 milhões de notificações.
A faixa etária que mais comprou na Black Friday de 2021 tinha entre 25 e 34 anos (42%), seguido pelas idades de 35 a 44 anos (32%). Os gêneros feminino e masculino tiveram consumos próximos, elas representaram 53% dos consumidores e eles 47%.
Dentre as classes, o nível C, foi o que mais consumiu, em torno de 60%. Já as classes A e B, consumiram 40%. Os itens mais procurados pelas classes A, B e C foram smartphones.
Os clientes começam a pesquisar para a Black Friday até um mês antes do evento, mas a partir da segunda semana de novembro as visitas começam a ter mais intensidade.