São Paulo - Começa hoje (19) o maior evento do setor literário da América Latina, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que reúne as principais editoras, livrarias e distribuidoras de livros do país.
O tema desta 23ª edição é Diversão, Cultura e Interatividade: Tudo Junto e Misturado.
Segundo os organizadores, a expectativa é atrair mais de 750 mil pessoas, público que visitou a última edição do evento.
Este ano, a bienal vai apresentar mais de 400 atividades para o público, entre literatura, música, quadrinhos, teatro, dança, circo e cinema.
A mostra ocorre até o dia 31 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da capital paulista.
A novidade este ano é a parceria fechada com o Sesc São Paulo para a programação cultural do evento.
“A cultura e, no nosso caso, especialmente a literatura, permite diluir as diferenças sociais e econômicas, agregando valor e estimulando o contato com os livros, música, dança e outras expressões artísticas e intelectuais”, disse Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza a mostra.
Fazem parte das atividades encontros e bate-papos com escritores consagrados, na Arena Cultural.
A mostra tem ainda uma área voltada à gastronomia, chamada Cozinhando com Palavras. No espaço Escola do Livro, haverá cursos, workshops e palestras sobre criação, produção, promoção e venda de livros.
No Salão de Ideias serão abrigadas 34 mesas de discussões e recebidos 120 convidados, entre eles, os romancistas Cristovão Tezza, Patrícia Melo, Luiz Ruffato, Milton Hatoum e Elias Khoury, além do escritor, cartunista e desenhista Ziraldo.
No Anfiteatro, vão ocorrer mais de 40 espetáculos de teatro, música, dança, circo e cinema, baseados no mundo da literatura.
Entre as peças está Imago-Uma Lua n'Água, uma homenagem ao centenário de nascimento do escritor argentino Júlio Cortázar.
Entre os filmes está A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Mel Stuart, que será acompanhado pelo CineConcerto da Trupe Chá de Boldo.
Neste espaço também ocorrerão espetáculos literários, como o show Solidão no Fundo da Agulha, com o escritor Ignácio de Loyola Brandão e sua filha, a cantora Rita Gullo, contando curtas histórias, marcadas por músicas que fazem parte de sua memória afetiva.
As crianças e os jovens também terão um lugar exclusivo, chamado de Espaço Imaginário, uma área de 650 metros quadrados que vai receber 100 atrações, entre elas, a premiada ilustradora Maria Eugenia, o jovem talento do cartum e da tirinha nacional João Montanaro, o desenhista da Marvel Luke Ross e o escritor Pedro Bandeira.
Para participar da maior parte dessas atividades será preciso retirar senhas, com meia hora de antecedência.
A Bienal estará aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h e aos sábados e domingos das 10h às 22h.
O preço dos ingressos varia de R$ 6 a R$ 14. Quem quiser chegar ao local utilizando transporte público, haverá ônibus gratuito saindo da Estação Portuguesa/Tietê de metrô todos os dias da semana e saindo da Estação Palmeiras/Barra Funda somente aos finais de semana.
Mais informações podem ser obtidas no site www.bienaldolivrosp.com.br.
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1. Para educar o olhar para a criatividade
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1/17 (Getty Images)
São Paulo - Regra básica para estimular a
criatividade no cotidiano? Busque inspiração nas mais diversas fontes. Quanto mais improvável, melhor. Foi com base nesta equação que pedimos para três especialistas em criatividade selecionarem algumas das obras essenciais para educar os olhos para perceber o mundo de uma maneira nova. O resultado trouxe
livros clássicos sobre
inovação. Mas não só. Na
lista, há de livros infantis até obras consideradas malditas no passado. Divirta-se.
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2. They All Laughed
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2/17 (Divulgação)
Nesta obra, o jornalista Ira Flatow conta, de uma maneira divertida, a história por trás das grandes invenções que hoje fazem parte da nossa rotina: lâmpada, telefone, laser, submarino e até videogame, entre muitas outras.
They All Laughed
Ira Flatow
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3. Thinkertoys
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3/17 (Divulgação)
Se você quer fazer da criatividade uma prática diária na sua rotina, este é o livro indicado. Um clássico na área, "a obra traz exercícios que estimulam a criatividade. Por exemplo, como expressar ideias por meio de símbolos abstratos em vez de palavras”, afirma Gisela Kassoy, especialista no assunto.
Thinkertoys: A Handbook of Creative-Thinking Technique
Michael Michalson
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4. Um Chute na Rotina
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4/17 (Divulgação)
"O livro fala sobre o processo criativo, sobre como acontece a geração de ideias, como aplicá-las e o sucesso que isso traz", diz Paulo Campo, do Lab SSJ. Para isso, a obra traz uma série de estratégias práticas para fazer a criatividade tomar corpo na sua rotina. Um Chute na Rotina - Os Quatro Papéis Essenciais no Processo Criativo
Roger Von Oech
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5. Um "toc" na cuca
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5/17
Muitas vezes, o caminho para a inovação está em, simplemente, encarar a trilha de uma maneira diferente. Nesta obra, segundo Campo, o objetivo do autor é ajudar os leitores a "descondicionar a forma de pensar", diz. Para isso, ele investiga alguns dos principais bloqueios mentais e padrões que limam o pensamento criativo. Um toc na cuca
Roger Von Oech
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6. Ulysses
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6/17 (Divulgação)
Para Isabella Prata, diretora da Escola São Paulo, o clássico de James Joyce pode ser uma excelente ferramenta para treinar o olhar para a criatividade. Motivo? “A história toda gira em torno de possibilidades e memórias”, diz. Lembrando que uma das principais dicas para ser mais criativo é arquitetar alternativas absurdas mentalmente.
Ulysses
James Joyce
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7. Boquitas Pintadas
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7/17 (Divulgação)
O segundo livro do argentino Manuel Puig conta a história de um jovem tuberculoso e sua relação com a sociedade argentina da época. Segundo Gisela, a inovação da obra está na maneira como o texto foi escrito. “Em um capítulo, é uma pessoa escrevendo uma carta, em outro, uma resmungando oiu pensando. Não tem narrador, não tem descrição. Tem situações que acontecem e as pessoas vão se encontrando”, descreve.
Boquitas Pintadas
Manuel Puig
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8. Chema Madoz
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8/17 (Divulgação)
O espanhol Jose Maria Rodriguez Madoz, conhecido como Chema Madoz, é famoso por suas fotografias surrealistas em preto e branco. “A partir de alguns objetos, o fotógrafo cria outros e mexe muito com a criatividade”, diz Gisela.
Chema Madoz
La Fábrica Editorial
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9. Thoughtless Acts?
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9/17 (Divulgação)
Compilado pela antropóloga Jane Fulton Suri, que atua na IDEO, a obra traz fotografias que mostram como nós adaptamos e interagimos com o mundo – sem perceber. “As fotos mostram o que as pessoas fazem ‘automaticamente’, mas que trazem uma ideia de design”, diz Gisela.
Thoughtless Acts?
Jane Fulton Suri
Editora: Chronicle Books Llc
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10. O Andar do Bêbado
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Por mais que você suponha ter controle de tudo, o aleatório ou o acaso sempre dá o ar da graça. É sobre a maneira desajeitada com que lidamos com os imprevistos que este livro trata. “As coisas não acontecem exatamente da maneira como foram planejadas. Elas acontecem mais como o andar de um bêbado. Você precisa de muita criatividade para lidar com isso”, diz Gisela.
O Andar do Bêbado
Leonard Mlodinow
Editora Zahar
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11. Mania de explicação
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“Vaidade é um espelho em todos os lugares ao mesmo tempo”. “Emoção é um tango ainda não feito”. “Orgulho é uma guarita entre você e o da frente”.
Com definições assim, o livro infantil “Mania de explicação” é um convite para os marmanjos trocarem a definição burocrática do dicionário por significados mais inspiradores. “Ao explicar sentimentos de uma forma tão ingênua, o livro faz com a gente pense conceitos de uma nova forma”, afirma Gisela Kassoy, especialista em criatividade.
Mania de explicação
Adriana Falcão
Editora Salamandra
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12. Nicolau Tinha Uma Ideia
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12/17 (Divulgação)
Das sinapses dos neurônios até a inovação de fato, a ideia percorre um longo percurso. E, em alguns momentos, ela se faz do diálogo entre uma ou mais pessoas. É o que mostra este bem humorado livro infantil sugerido por Gisela. Com 34 páginas recheadas de ilustrações, a obra traz uma lição fundamental para quem quer ter boas ideias.
Nicolau Tinha Uma Ideia
Ruth Rocha
Editora Quinteto Editorial
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13. Era urso?
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Como o urso (ou não) do livro, todos devem se questionar sobre o estilo de vida que segue e que determina as ideias criadas na cabeça. “Você vai ter uma vida criativa ou uma vida imposta? Qual estilo de vida você quer ter?”, sugere Gisela. Esta aí mais um livro infantil para sair da caixa. Era urso?
Esdras do Nascimento
Editora Ediouro
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14. Sexus, Plexus e Nexus
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Os livros da trilogia “A crucificação rosada”, do americano Henry Miller, foram a base da criatividade de Isabella Prata, diretora da Escola São Paulo. Ela os leu, pela primeira vez, aos 13 anos. “O mais chocante das histórias sobre sexualidade era que não faziam parte da minha realidade, era um assunto que não era meu. Era um universo novo, como se fosse uma metáfora”, conta. Sexus, Plexus e Nexus
Henry Miller
Cia das Letras
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15. A estratégia do oceano azul
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Com o subtítulo “Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante”, este livro sugere caminhos alternativos para tocar o próprio negócio. “Há dois tipos de estratégia: a do oceano vermelho, que você mata o seu concorrente, e a do oceano azul, quando você cria outra coisa para a qual não há concorrente”, diz Gisela. “Mostra como você consegue criar algo inédito”. A Estratégia do Oceano Azul
W. Chan Kim, Renée Mauborgne
Editora Campus
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16. Pensamento Lateral
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Neste livro, de acordo com Paulo Campo, do Lab SSJ, Edward de Bono mostra algumas técnicas de resoluçãode problemas. Para o autor, batemos tanto a cabeça na hora de encontrar um caminho, não porque enveredamos por uma lógica equivocada, mas sim, porque percebemos de uma maneira equivocada. Por isso, em vez de atacar o problema de frente, o autor sugere, no livro, que olhe a celeuma sob diferentes pontos de vista.
Pensamento Lateral
Edward de Bono
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17. Agora, 11 filmes para ser mais criativo
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17/17 (Divulgação)