Sala de exposição com obra de Wura Natasha Ogunji e Bruno Dunley durante a itinerância da 33a Bienal de São Paulo na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre (Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de julho de 2020 às 15h05.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 15h06.
A 34ª edição da Bienal de Arte de São Paulo foi adiada para 2021 por causa do coronavírus e voltará a ser realizada em anos ímpares. O evento será realizado entre 4 de setembro e 5 de dezembro. O anúncio foi realizado em entrevista coletiva à imprensa realizada digitalmente.
"Precisaríamos começar a montagem agora e estaríamos colocando em risco nossos colaboradores. As interrupções de viagens internacionais também dificultam trazer as obras que gostaríamos de expor e prejudicariam o turismo doméstico e internacional. Então, não conseguiríamos atingir nosso objetivo", afirmou José Olympio Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo.
"Tudo o que está acontecendo certamente fará com que as obras sejam vistas de outra maneira", disse o curador Jacopo Visconti, que afirmou que pretende pensar a mostra como um poema que vai se fazendo aos poucos.
A 34ª edição da Bienal seria originalmente realizada em parceria com diversos outros espaços expositivos de São Paulo, e agora o plano é que as exposições sejam remanejadas.
Jacopo ainda falou sobre alguns artistas, como Adriana Alonso, Morandi e Beatriz Santiago Munhoz, que lidam com o tema do confinamento em suas obras, que teriam um destaque na nova formatação da mostra.
O slogan da 34ª Bienal será "Faz escuro, mas eu canto", em referência ao momento vivido no mundo inteiro.