Museu de espionagem em Berlim: através de 200 telas LED, os visitantes podem escutar as entrevistas realizadas pelo curador do museu, Franz Michael Günther, com especialistas em espionagem (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2015 às 12h10.
Berlim - A capital alemã inaugurará neste sábado o primeiro Museu da Espionagem interativo, uma viagem no tempo na qual são mostrados objetos originais utilizados pelos agentes secretos ao longo da história e testemunhos.
O diretor do museu, Joachim E. Thomas, explicou em entrevista coletiva que não havia "melhor" cidade para receber este tipo de museu, já que Berlim foi considerada a "capital da espionagem" durante a Guerra Fria.
O museu conta com 14 seções dedicadas, entre outros capítulos, à primeira e Segunda Guerra Mundial, aos agentes duplos e ao agente especial 007.
"Não só queríamos oferecer algo analógico ao público, mas também interativo", explicou o assessor chefe do museu, Carsten Kollmeier.
Através de 200 telas LED, os visitantes podem escutar as entrevistas realizadas pelo curador do museu, Franz Michael Günther, com especialistas em espionagem como o professor Wolfgang Krieger, com temas como as atividades da Stasi - a Polícia secreta da República Democrática Alemanha (RDA) - e o caso do ex-analista da Agência Nacional de Segurança americano, Edward Snowden.
O Museu da Espionagem oferece "uma viagem no tempo" através de sua história: desde os antigos egípcios e babilônios, passando pela Idade Média, até chegar à sociedade atual, com o debate aberto sobre redes sociais, proteção de dados e segurança.
Há mais de 300 objetos originais expostos nas vitrines, um telão que mostra as zonas de espionagem em Berlim em 1945, ao término da Segunda Guerra Mundial, e um espaço interativo.
Seu principal objetivo, depois da abertura, é estar no "top ten" dos museus berlinenses.