Los Angeles - O super-herói americano Batman completa 75 anos mais na moda do que nunca, graças à capacidade de se adaptar a mudanças e ao futuro promissor reservado por novas histórias, filmes, jogos eletrônicos e o incansável apoio dos fãs.
O homem morcego nasceu em maio de 1939 das mãos do desenhista Bob Kane e do roteirista Bill Finger, quando a editora DC Comics encomendou a criação de um novo super-herói para aproveitar a popularidade do Superman, lançado um ano antes.
Kane e Finger conceberam um personagem diferente, enfatizando o lado obscuro do herói.
Se o Superman usava um uniforme de cores chamativas, mostrava o rosto, tinha poderes e se deslocava durante o dia, o Batman vestiria uniforme escuro, cobriria o rosto, não teria superpoderes e atuaria durante a noite.
O sucesso foi tamanho que, um ano mais tarde, o personagem ganhou a própria tirinha, ambientada em Gotham City, o que deu início ao fenômeno que tornou Batman um dos ícones da cultura pop.
O ator Danny DeVito, que interpretou o vilão Pinguim no filme "Batman - O Retorno", dirigido por Tim Burton em 1992, acredita que o triunfo do homem morcego hoje em dia está ligado à falta de liderança das classes política e empresarial.
"O mundo não tem heróis", disse o ator à AFP.
"Olhamos ao nosso redor, para nossos líderes e realmente não existe ninguém em quem ter esperança".
Para o ator, Batman continua representando, 75 anos depois, as fantasias que o público necessita para seguir com um pouco de esperança e fé no ser humano.
Dos quadrinhos ao cinema
Batman venceu a passagem do tempo graças a sua habilidade para regenerar-se, não ficar preso nas mesmas tramas e a aparição constante de personagens como Robin, Mulher Gato, Coringa.
Os roteiristas, alguns de muito destaque como Frank Miller, Alan Moore e Scott Snyder, deram muito dinamismo ao herói, que passou por todo tipo de etapas, das mais obscuras à ficção científica, passando pelo surrealismo e o humor.
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Bruce Wayne também conseguiu superar momentos de popularidade reduzida ao aproveitar o universo paralelo criado a seu redor, como aconteceu na década de 60, quando a psicodélica série de televisão "Batman" - protagonizada por Adam West e Burt Ward, vivendo as personagens de maneira distante de seu universo original - estimulou a venda dos quadrinhos.
As sete adaptações cinematográficas consolidaram a paixão dos fãs, sobretudo a trilogia dirigida por Christopher Nolan, com Christian Bale no papel de homem morcego.
Em meio a uma febre de super-heróis no cinema atual, com filmes sobre Capitão América, Homem Aranha ou Homem de Ferro, Batman triunfa por sua condição de "homem normal", embora profundamente perturbado.
Em 2016 chegará aos cinemas um novo filme, na qual Batman contracenará pela primeira vez com o Superman e no qual o ator Ben Affleck terá a difícil missão de interpretar o herói de Gotham, uma escolha que desagradou muitos fãs.
Vida longa ao herói
A franquia Batman arrecadou 3,89 bilhões de dólares em todo o mundo, segundo os números da indústria do entretenimento, e criou um universo de produtos venerados.
"A paixão dos fãs é gigantesca, é um modo de vida. As pessoas fazem tatuagem do Batman no corpo todo", afirmou recentemente Jim Lee, desenhista e coeditor da DC Entertainment, que leva ao cinema as histórias do super-herói.
Além das camisas, gorros, posters e blogs, Batman encontrou nos jogos eletrônicos outro grande aliado para oferecer emoções aos 'batmaníacos' e manter sua popularidade.
No evento especializado E3, realizado há poucas semanas em Los Angeles, a produtora Rocksteady fez a alegria dos fãs ao revelar que o próximo jogo, "Batman: Arkham Knight", terá um Batmóvel ultraleve, capaz de transformar-se em um tanque blindado.
"Este super-herói realmente cativou a imaginação do mundo inteiro", disse Lee, que já roteirizou os quadrinhos do personagem.
As comemorações pelos 75 anos do herói terão o ponto máximo no dia 23 de julho, considerado o "Dia do Batman", com a publicação de uma edição do primeiro número em que apareceu.
Os fãs de passagem por Los Angeles poderão observar todos os Batmóveis, capas, máscaras e demais artefatos usados nos filmes em uma exposição organizada pela Warner Bros.
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1. Batman, o cavaleiro das bilheterias
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São Paulo – O atormentado bilionário Bruce Wayne herdou sua fortuna dos pais, mas também deu muito dinheiro para seus aliados – leia-se, a DC Comics e a Warner Bros, entre outros. De acordo com
a CNBC, a bilheteria de todos os filmes da franquia bate em 1,45 bilhão de dólares, o que coloca o homem-morcego como o campeão das telas no mundo dos super-heróis. O maior faturamento coube a Batman, o Cavaleiro das Trevas, de 2008. O filme rendeu 533,3 milhões de dólares.
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2. Homem-Aranha, uma teia de lucros
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Outro personagem que tem muito de anti-herói é o Homem-Aranha. O jovem desajeitado e duro Peter Parker caiu nas graças do público. Os três filmes da franquia renderam uma bilheteria total de 1,11 bilhão de dólares. O aracnídeo da Marvel foi levado para o cinema pela Columbia Pictures e pela Sony. Dos três filmes, o primeiro, de 2002, é o que faturou mais nos cinemas até hoje: 403,7 milhões de dólares.
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3. X-Men, mutantes milionários
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O primeiro filme da franquia X-Men foi lançado em 2000 pela 20th Century Fox. Adaptado da Marvel, o projeto já conta com quatro sequências: X-Men 2; X-Men, o Confronto Final; X-Men Origens: Wolverine; e X-Men: Primeira Classe. No total, esses filmes só acumulam uma bilheteria de 786,4 milhões de dólares. Por enquanto, o filme que mais arrecadou é O Confronto Final, com 234,4 milhões de dólares. Resta saber se a Primeira Classe baterá essa marca.
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4. Homem de Ferro, caixa blindado
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Está aí um super-herói sem nenhuma vergonha de curtir a vida, nem de expor sua identidade “secreta” – a do milionário e industrial Tony Stark. Mesmo quando veste a poderosa armadura vermelha e dourada que o transforma no Homem de Ferro, ele não perde o humor ácido, o gosto pela velocidade e pelas belas mulheres. Os dois filmes da série arrecadaram, até agora, 630,8 milhões de dólares. Por uma pequena margem, o primeiro filme da franquia, lançado em 2008 pela Paramount, é o que mais rendeu: 318,4 milhões. A Marvel é dona dos direitos do Homem de Ferro no mundo dos quadrinhos.
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5. Superman, bilheteria imune a criptonita
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O homem de aço veio de Krypton para as telas dos cinemas, pela primeira vez, em 1978, em um filme estrelado por Christopher Reeve. Um dos principais trunfos da DC Comics, o super-herói apareceu em mais dois filmes desde então: Superman 2, de 1981, ainda com Reeve no elenco; e Superman, o Retorno, de 2006 – uma tentativa de relançar a franquia. No total, os filmes arrecadaram 518,1 milhões de dólares. A obra de 2006, estrelada por Brandon Routh e produzida pela Warner Bros, é a que mais rendeu: 200,1 milhões de
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6. Quarteto Fantástico, surfistas, doutores e dinheiro
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Outra franquia da Marvel, o Quarteto Fantástico foi apresentado ao público em 2005. Apanhados por uma estranha explosão de energia cósmica, os personagens adquirem superpoderes e precisam lutar contra o Doutor Destino, antigo amigo dos quatro e que também sofreu mutações após a mesma explosão. Os quatro voltaram às telas em 2007, em um novo filme da Warner Bros. Desta vez, eles enfrentam um misterioso surfista prateado que se revelará, depois, uma vítima manipulada por uma força ainda maior: Galactus, o devorador de mundos. No total, os filmes arrecadaram 286,6 milhões de dólares, sendo o primeiro o de maior bilheteria, 155 milhões.
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7. Hulk, deixando os produtores furiosos
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Hulk não teve uma vida fácil no cinema. Personagem da Marvel, o monstrengo verde estreou nas telas em 2003 em um filme dirigido por Ang Lee e produzido pela Universal. Os 132,2 milhões de dólares arrecadados com a obra, no entanto, frustraram os responsáveis pelo filme, a ponto de por o homem verde na geladeira. Numa tentativa de relançar a franquia, a Marvel recomprou os direitos de gravação e bancou um novo filme, por meio da Marvel Enterprises e da Valhalla Motion. O Incrível Hulk, de 2008, foi dirigido por Louis Leterrier e teve o claro objetivo de ignorar o filme de 2003. Apesar de tudo, saiu-se apenas um pouco melhor: 134,8 milhões. Ainda assim, Hulk é a sétima franquia em arrecadação, com 266,9 milhões de dólares.
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8. Tartarugas Ninjas, do fundo do baú para o ranking
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Ok, essa é antiga, mas as tartarugas mutantes lutadoras de artes marciais ainda ocupam o oitavo lugar no ranking das maiores bilheterias de super-heróis da CNBC. O primeiro filme, de 1990, foi uma das produções independentes de maior sucesso desse mercado. Feito pela Imagi, custou 13 milhões de dólares e faturou 135,2 milhões. Outros dois filmes vieram na sequência, nos anos 90. Em 2007, agora pelas mãos da Warner Bros, elas voltaram às telas. Ao todo, a série acumulou uma bilheteria de 256,2 milhões de dólares.
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9. Blade, caçar vampiros rende milhões
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Para aflição das moçoilas que gostam da série Crepúsculo, Blade detesta vampiros e ganha a vida caçando-os. Baseado em um personagem da Marvel, Blade estreou nas telas em 1998, com Wesley Snipes no papel principal. A franquia ganhou três sequências no cinema: Blade 2 (2002), Blade: Trinity (2004), e Blade: A Nova Geração (2006). De todos, coube ao segundo filme a maior bilheteria: 82,4 milhões de dólares, de um total de 204,9 milhões arrecadados com a série.
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10. Hellboy, caçar demônios também dá dinheiro
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Vilões como o Pinguim, Coringa ou o Doutor Destino não são nada para Hellboy, o demônio adotado como filho pelo professor Trevor Broom. O cotidiano do fortão enfezado e vermelho é combater toda sorte de criaturas do Além (incluindo demônios como ele), sempre sedentas de dominar o mundo. Baseado no personagem da Dark Horse Comics, Hellboy estreou no cinema em 2004 com uma produção da Sony Pictures. Em 2008, ganhou uma sequência. No total, os filmes faturaram 135,6 milhões de dólares.