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Banho de loja: Swarovski reformula joias e se volta ao mercado de luxo

Com 78 lojas no Brasil, marca austríaca inaugura a primeira loja com o conceito Wonderlux no país, no shopping Morumbi em São Paulo

Vitrine da loja Swarovski no shopping Morumbi, em São Paulo. (Swarovski/Divulgação)

Vitrine da loja Swarovski no shopping Morumbi, em São Paulo. (Swarovski/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 6 de março de 2023 às 16h33.

Última atualização em 6 de março de 2023 às 17h36.

Quem costuma frequentar shopping centers notará diferenças nas lojas da Swarovski com o conceito Wonderlux. Do branco pálido, novas cores, como azul, amarelo, rosa e verde foram incluídos na cartela da marca austríaca. Sem vitrine, apenas com o cisne em neon estampando o vidro, as peças são expostas logo na entrada da loja, uma mesa de degustação, com diversos colares, pulseiras, anéis e brincos à mostra e às mãos dos clientes, que podem tocar e provar os produtos. O novo design das lojas também impacta no posicionamento da empresa que se volta à moda e ao mercado de luxo.

A primeira loja no país a adotar o novo layout está no shopping Morumbi, em São Paulo. Até 2024, todas as 78 lojas no país terão o novo formato.

Nos anos 2000, quando chegou ao Brasil, as pulseiras com pequenos cristais lapidados viraram sucesso da marca no país. Hoje, com 110 lojas no cone sul, sendo 78 no Brasil, a Swarovski se volta para novos consumidores.

“Queremos manter a atratividade da Swarovski, mas com a entrada no mercado de luxo. Temos todas as condições de virar um objeto de desejo e com produtos que podem ser usados com relevância”, conta Carla Assumpção, Diretora Geral da Swarovski Crystal Business Brasil, Chile e Argentina.

Com isso, houve diminuição de 20% a 30% dos skus e elevação de ticket dos produtos. “Em detrimento de volume, os preços elevaram”.

Além disso, o design dos produtos também foi ajustado com a entrada de Giovanna Engelbert como diretora criativa. “Foram inseridos novos códigos de cristais mais opulentos, maiores e com mais cores, que podem ser associados ao comportamento de moda”, explica Assumpção que complementa que o novo momento não exclui os produtos passados, ainda vendidos nas lojas.

Mesa com os produtos da marca, logo na entrada da loja. (Swarovski/Divulgação)

Ainda que não venda roupas, a moda é um dos impulsionadores da marca, que agora contratou personal stylists que auxiliam os clientes nas escolhas das peças não só para eventos, mas que se adequem com o estilo do dia a dia.

A relação da marca com a moda começou em 1974, quando desenvolveu a tecnologia Hot-Fix, que permite que os cristais sejam aplicados a uma variedade de materiais, de roupas a sofás a partir de pressão e calor. Três décadas mais tarde, a Swarovski lançou o Crystal Fabric, uma fusão entre tecido e cristal em uma segunda pele, com mais de um milhão de cristais por metro quadrado. O produto pode ser passado, costurado ou colado em materiais como renda, veludo, seda, jeans, couro ou tecido sintético.

Dentre os consumidores latino-americanos, brasileiros e argentinos possuem códigos de moda parecidos. “A adesão da marca no Brasil foi um dos maiores, e pode ser comparado a mercados maduros. Na Argentina, as vendas crescem além da inflação, os consumidores que podem comprar, gostam desse momento da marca”, diz a diretora que resume os 20 anos de Swarovski no país. “No começo achavam que era uma marca de vodca. A presença de marca só é possível com mudanças. Resolvemos ousar e atuar em um mercado que é muito mais instável que o mercado clássico de joalheria”.

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