Em um momento de sua declaração, o músico, de 52 anos, chegou a brincar ao dizer que não estava acostumado a ficar de pé diante de um microfone (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 16h45.
Dublin - O baixista do U2, Adam Clayton, começou a depor nesta quinta-feira no julgamento contra sua ex-assistente pessoal Carol Hawkins, acusada de ter se apropriado de US$ 3,5 milhões das contas bancárias do reconhecido músico.
A ex-assistente pessoal de Clayton, que começou a trabalhar com o astro em 1992, enfrenta 184 acusações por supostamente ter roubado 181 cheques entre 2004 e 2008.
Segundo a acusação, Carol aplicou o dinheiro em uma conta bancária compartilhada com seu marido, que trabalhava para Clayton como motorista e cozinheiro, e utilizou para financiar um "luxuoso estilo de vida".
Aparentemente, a acusada, que há 15 dias se declarou inocente de todas as acusações, fez inúmeros saques não autorizados até acumular um total de US$ 3,51 milhões. A cada movimentação, Carol retirava quantias que variam entre US$ 2.513 e US$ 389.552.
A ex-assistente pessoas do baixista do U2, que tem 48 anos e é mãe de dois filhos, escutou atentamente Clayton, enquanto este descrevia os detalhes de sua relação profissional e de suas contas bancárias, que, em alguns casos, trazia a própria Carol como titular.
Segundo as declarações de Clayton, Carol desempenhava suas tarefas como emprega de maneira "eficiente", já que compartilhava com seu marido um salário de aproximadamente 48 mil euros anuais.
O baixista relatou também que, em uma ocasião, Carol confessou ter reservado passagens de avião avaliadas entre 13 mil e 15 mil euros para levar seus filhos aos Estados Unidos e a Londres.
O músico reassumiu o controle de suas contas, mas ainda manteve Carol como sua empregada. "Ela tinha toda minha confiança. Trabalhamos juntos durante muito tempo", afirmou Clayton ao júri.
Em um momento de sua declaração, o músico, de 52 anos, chegou a brincar ao dizer que não estava acostumado a ficar de pé diante de um microfone.
"Sou mais de "dum, dum, dum", mas praticarei minha técnica", afirmou o baixista, que faz parte do U2 há 30 anos.