Revista Closer: a atriz já havia apresentado uma denúncia em março de 2013 para tentar identificar os autores dos rumores sobre seu romance com o presidente (AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 14h21.
Paris - A atriz Julie Gayet abriu um processo contra a revista "Closer", que revelou seu suposto caso com o presidente francês, François Hollande, e contra a que já havia denunciado a publicação pela via civil, informa nesta terça-feira "Le Monde".
A segunda denúncia, também apresentada no tribunal de Nanterre, nos arredores de Paris, se refere a fotos publicadas pela revista do coração em 17 de janeiro passado, uma semana após lançar luz sobre o suposto caso.
Nelas, Gayet aparece em seu carro, um "local privado" segundo seus advogados, e "Le Monde" assegura que há jurisprudência que endossa a informação.
O Código Penal francês pune com até um ano de prisão e 45 mil euros de multa os atentados contra a intimidade de quem "está em um local privado".
A denúncia penal se soma ao âmbito civil apresentada por Gayet contra a "Closer" pela publicação das primeiras fotos que revelavam seu suposto romance com Hollande, da qual haverá uma audiência em 6 de março.
Nessas imagens, publicadas em 10 de janeiro, a atriz e o presidente apareciam separadamente e frente ao imóvel onde supostamente se encontravam, junto ao Palácio do Eliseu.
O Código Civil francês protege o "direito ao respeito da vida privada", por isso os advogados de Gayet reivindicam à "Closer" 50 mil euros por danos morais e prejuízos e outros 4 mil por despesas judiciais.
A atriz já havia apresentado uma denúncia em março de 2013 para tentar identificar os autores dos rumores sobre seu romance com o presidente, mas a Procuradoria de Paris fechou a investigação sem encontrar evidências.
Hollande, por sua vez, expressou sua "indignação total" pela publicação das fotos na "Closer" mas renunciou a ações judiciais pois sua condição de chefe do Estado, protegido pela imunidade, o coloca em uma situação de superioridade.