Harvey Weinstein, executivo de Hollywood (Drew Angerer/Getty Images)
AFP
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 09h01.
Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 09h03.
A atriz Dominique Huett abriu um processo nesta terça-feira contra a produtora The Weinstein Company (TWC) pelos abusos sexuais que sofreu de Harvey Weinstein, acusando a empresa de permitir o comportamento de seu fundador.
No processo, Dominique Huett afirma que conheceu o produtor cinematográfico no Hotel Península de Beverly Hills em novembro de 2010, onde se reuniu com Weinstein para falar sobre sua carreira.
A atriz, que apareceu em 2015 em um episódio da série "Blue Bloods", afirma que Weinstein a levou para um quarto do hotel e pediu que fizesse uma massagem.
Huett revela que negou a massagem, a princípio, mas acabou cedendo diante da insistência do produtor, segundo a ação apresentada a um tribunal de Los Angeles.
A atriz afirma ainda que o produtor fez sexo oral e "depois se masturbou" diante dela "até atingir o orgasmo".
Segundo Huett, a TWC agiu em cumplicidade com o produtor, por permitir durante anos seus "repetidos atos sexuais contra mulheres".
TWC "sabia que Weinstein usava seu poder para coagir e forçar jovens atrizes a manter relações sexuais com ele", destaca a denúncia.
A ação afirma que a cúpula da TWC, incluindo Bob Weinstein, irmão de Harvey, "estava a par dos múltiplos casos de má conduta sexual" do produtor, e agiu "para resolver a situação com as vítimas antes que apresentassem denúncia".
Quase cinquenta mulheres já denunciaram publicamente Weinstein desde o início de outubro por assédio ou agressão sexual, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Ashley Judd e Rose McGowan.
O produtor nega as acusações.