Atriz estreia "Em Pedaços", filme de Fatih Akin que rendeu a ela o prêmio de melhor atriz em Cannes (Pascal Le Segretain/Getty Images)
AFP
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 14h01.
A atriz alemã Diane Krüger afirmou na segunda-feira (15) que o movimento #Metoo, surgida após o caso Weinstein, mudou as coisas no mundo do cinema "porque os homens sentem medo", mas ela diz temer que estas mudanças durem pouco.
"Por enquanto isto mudou porque os homens sentem medo. Todos os dias tem alguém novo que é 'denunciado'", declarou a estrela em uma entrevista à emissora de televisão francesa BFMTV, por ocasião da estreia de "Em Pedaços", filme de Fatih Akin, que rendeu a ela o prêmio de melhor atriz em Cannes.
"No entanto, temo que em seis meses, em um ano, em dez anos, não voltemos a cair na mesma conversa", continuou Diane Krüger, de 41 anos, que também denunciou as desigualdades salariais entre homens e mulheres.
"Nunca recebi o mesmo salário do meu companheiro masculino. Não é normal", indignou-se a atriz de "Bastardos Inglórios" e "Troia".
A atriz pediu que os homens se unam às mulheres na luta por uma mudança de comportamento duradoura.
"Cada um de nós deve estar atento, temos que estar realmente unidos nesta causa. Mas, muito sinceramente, acho que os homens devem estar ao nosso lado, devem lutar por nós, devem ter cabeça e defender nossos interesses também".
"Não somos só nós, as mulheres, que podemos mudar as coisas", avaliou.