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1. Fortes candidatas para 2016
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1/22 (Robyn Beck/AFP)
Nessa época do ano passado, Patricia Arquette já estava praticamente garantida como favorita ao
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ela ganhou quase todos os prêmios possíveis por “Boyhood”. Este ano, não há uma favorita tão clara. As duas
atrizes mais cotadas são Rooney Mara e Alicia Vikander, mas será que as chances das duas estão ameaçadas pelas maquinações da indústria? Os estúdios dos seus respectivos filmes estão em campanha para que elas concorram na categoria de coadjuvantes, mas na realidade seus papeis são de atrizes principais, o que pode confundir os eleitores da Academia. Já cortamos vários nomes com poucas chances – Ellen Page (Freeheld), Helena Bonham Carter (As Sufragistas) e Julianne Nicholson (Aliança do Crime), por exemplo --, porque a competição tem muitas candidatas de peso. Mas assim é que é bom, certo? A seguir, ranqueamos as atrizes que podem sonhar com a estatueta mais cobiçada do cinema. Nota sobre o título: Há alguns anos temos compilado as listas de favoritos ao Oscar sempre usando a mesma estrutura para o título: “Um desses 22 homens vai ganhar o Oscar de Melhor Ator”. Toda vez que postamos essas matérias, os comentários indicam que os leitores acham que estamos fazendo previsões definitivas, em vez de apenas uma lista de quem tem mais chances. “Uau, vocês estão realmente se arriscando, HuffPost”, gritam os comentaristas. Para esclarecer: apesar de montarmos um
ranking, a ideia é mostrar um panorama da corrida pelo Oscar. A narrativa muda toda semana, e os estúdios passam semanas – e gastam milhões de dólares – promovendo seus candidatos. Uma lista com 20 nomes pode parecer muito grande, mas essa é justamente a ideia. Você não acredita quantos executivos de Hollywood estão investindo grana nas suas campanhas por seus filmes. Sinceramente, a lista poderia ter o dobro do tamanho – é por isso que a temporada de premiações é tão divertida.
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2. 20. Phyllis Smith
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2/22 (Divulgação/Walt Disney Studios)
Não seria demais ter o nome de Phyllis Smith entre as indicadas? A história dela em Hollywood já valeria uma cinebiografia. Smith trabalhou como dançarina de burlescos nos anos 1970 antes de se mudar para Los Angeles e trabalhar com seleção de elenco. Ela estava trabalhando na escolha dos atores de “The Office”, e os criadores da série decidiram inventar uma personagem especificamente para ela. Smith brilhou na comédia, mas foi dublando a personagem Tristeza, de “Divertida Mente”, que ela deu provas de seu talento. No começo do filme, parece que Tristeza vai ser uma chata – e é assim que os outros personagens a enxergam. Mas, ao longo da jornada dentro da cabeça de Riley, ela prova que a felicidade não tem sentido sem seu oposto. A dublagem incrível de Smith transformou Tristeza na personagem mais tocante de um filme que fez as pessoas chorarem rios. É por isso que ficamos chateados ao perceber que são muito pequenas as chances de que ela seja indicada. Nenhum ator ou atriz recebeu indicação por dublagem. Nem mesmo Andy Serkis, que foi muito elogiado por fazer a voz de Gollum na trilogia “Senhor dos Aneis”. E os eleitores relutam em reconhecer os filmes da Pixar fora da categoria de Melhor Longa de Animação.
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3. 19. Kristen Wiig, "Diário de uma Garota Normal"
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3/22 (Divulgação/Sony Pictures Classics)
Kristen Wiig teve um 2015 tranquilo e belo, saindo das suas raízes cômicas do "Saturday Night Live" para fazer "Perdido em Marte" e um trio estelar de comédias dramáticas: "Bem-Vindos ao meu Mundo", "Nasty Baby" e "Diário de uma Garota Normal", no qual ela faz o papel de uma mãe de San Francisco dos anos 1970 que não consegue largar um mundo hippie que ficou para trás. Wiig interpreta uma mulher mais preocupada com o caso de Patty Hearst que com sua filha adolescente, que tem um caso com o namorado da mãe. Um dos filmes mais bem avaliados no festival de Sundance, "Diário" já ganhou quatro indicações para o Gotham Awards e três para o Independent Spirit Awards. Se for feita a justiça (e houver dólares suficientes), a Sony Pictures Classics deveria fazer uma grande campanha por Wiig junto à Academia. Ela merece.
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4. 18. Helen Mirren, "Trumbo: Lista Negra"
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4/22 (Reprodução/YouTube)
A performance de Mirren em "Trumbo: Lista Negra" tem muitos dos ingredientes apreciados pelos eleitores do Oscar: roupas decadentes, sotaque de filme de época e relíquias da história da indústria. Mirren interpreta a notória colunista de fofocas Hedda Hopper, que vai atrás de Dalton Trumbo, um roteirista que entrou para a lista negra na caça aos comunistas que tomou conta dos Estados Unidos nos anos 1950. Mirren está meio exagerada no papel, mas foi elogiada por algumas pessoas com quem conversei depois da estreia do filme no Festival de Toronto. Dada a recepção morna a Trumbo, Mirren não aparece o suficiente no filme para ganhar uma indicação. Mas Harvey Weinstein está fazendo lobby por sua participação em "A Dama Dourada". Mirren, dona de quatro indicações prévias, pode tirar vantagem dessa promoção.
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5. 17. Tessa Thompson, “Creed: Nascido para Lutar”
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5/22 (Divulgação/Warner Bros)
O que poderia ser um mero papel de namorada vira uma contribuição rica e cheia de nuances em "Creed", graças à performance de Tessa Thompson. "Creed" é um filme muito melhor do que mereceria ser, e alguns críticos dizem que ele vai concorrer ao Oscar de Melhor Filme. Thompson, que ganhou fama com "Cara Gente Branca", do ano passado, vai ter de brigar para conseguir uma indicação, mas isso não é impossível – afinal de contas, o papel é o de uma coadjuvante de peso, ao contrário do das candidatas que fazem papeis principais mas querem brigar na categoria de coadjuvante.
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6. 16. Jessica Chastain, "Perdido em Marte"
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6/22 (Reprodução/YouTube)
Será que a Academia está torcendo o nariz para Jessica Chastain? Ela foi indicada em 2012 e 2013, e uma vitória parecia certa. Mas seu nome sumiu nos dois últimos anos, apesar de várias performances excelentes. Se os eleitores ainda tiverem boa vontade para com ela, essa é a chance de provar. Não há dúvidas de que "Perdido em Marte" é um filme de Matt Damon, portanto faz sentido que ele esteja concentrando as atenções relativas aos prêmios. Mas Chastain está incrível no papel de Melissa Lewis, a capitã de Hermes. É verdade que ela revisita um pouco seu papel em "Interestelar" – mas, como a Academia não a indicou por esse filme, mais um motivo para ela levar uma indicação agora.
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7. 15. Cynthia Nixon, "James White"
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7/22 (Reprodução/YouTube)
A performance de Cynthia Nixon em James White foi uma das mais tocantes do ano. Ela faz o papel de uma nova-iorquina com câncer que depende dos cuidados de um filho pouco confiável (Christopher Abbott). Com uma fragilidade crescente, Nixon canaliza a morte recente de sua mãe numa atuação que foi universalmente elogiada desde a excelente recepção no Festival de Sundance, em janeiro. Depois veio o Independent Spirit Awards, que deu uma indicação a Nixon. Mas, para um filme independente de baixo orçamento, o caminho até o Oscar é muito mais longo.
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8. 14. Marion Cotillard, "Macbeth"
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8/22 (Reprodução/YouTube)
Marion Cotillard é uma das atrizes mais encantadoras, e Lady Macbeth é um dos maiores papeis dramáticos de todos os tempos. Mas será que juntos eles significam um Oscar? Shakespeare não tem o melhor dos históricos na Academia. Lawrence Olivier, que venceu em 1984 por Hamlet, é o único a levar a estatueta por uma adaptação direta de Shakespeare. (Rita Moreno ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por West Side Story, que é baseado em Romeu e Julieta, mas ela não falava inglês elizabetano.) Por outro lado, a indicação de Cotillard ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Dois Dias, Uma Noite" foi uma das maiores surpresas da premiação do ano passado. E até mesmo sua vitória no papel de Edith Piaf, em 208, foi inesperada; foi a primeira (e até agora a única) estatueta para uma performance em francês. Não considere Cotillard fora do páreo.
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9. 13. Mya Taylor, "Tangerina"
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9/22 (Reprodução/YouTube)
Mya Taylor tem controle total da câmera em Tangerina. É difícil acreditar que é seu primeiro filme. Taylor faz o papel de um transgênero de Los Angeles que trabalha com sexo e sonha com a vida nos palcos. Tangerina foi filmado inteiramente com iPhones e contou com um orçamento minúsculo, mas a campanha do estúdio Magnolia já deu resultado. Taylor foi indicada a um Independent Spirit Award e ganhou o prêmio de performance revelação no Gotham Awards.
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10. 12. Diane Ladd, "Joy: O Nome do Sucesso"
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10/22 (Reprodução/YouTube)
Se alguém dessa lista merece um Oscar, é Diane Ladd. A atriz de 80 anos foi indicada três vezes nesta categoria entre 1975 e 1992, mas ainda não ganhou. Ela tem trabalhado regularmente desde sua última indicação, mas “Joy”, de David O. Russell, é seu maior filme em décadas. (Embora não seja o seu papel de maior peso.) Ela era o coração amargo na série Enlightened, da HBO, como mãe de Amy Jellicoe, interpretada por Laura Dern, sua filha na vida real. Só não estamos mais confiantes nas chances de Ladd porque pouca gente assistiu Joy até agora, e ela compete com as co-estrelas Isabella Rossellini e Virginia Madsen. Podemos ter certeza que ela faz o melhor com o que tem nas mãos, mas ainda não está claro se seu papel será substancial o suficiente para chamar atenção na temporada das premiações do cinema.
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11. 11. Kristen Stewart, "Acima das Nuvens"
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11/22 (Reprodução/YouTube)
Pelos filmes da série Crepúsculo, era difícil saber se Kristen Stewart era mesmo uma boa atriz. Sua performance como Bella era estranhamente cativante, mas também tinha seus momentos infelizes, e às vezes parecia que Stewart estava representando a si mesma. É por isso que Acima das Nuvens, de Oliver Assayas, é uma surpresa tão grata. No papel de Valentine, assistente pessoal de Maria Enders (Juliette Binoche), uma atriz que está envelhecendo, ela não só prova estar à altura do desafio como tem mais destaque que Binoche. Stewart demonstra inteligência e veste sua beleza e sua expressão meio tímida como uma máscara que esconde um enorme reservatório de emoções. O principal obstáculo de Stewart na corrida do Oscar é que Acima das Nuvens foi lançado em abril nos Estados Unidos e não conseguiu muita projeção além dos circuito de filmes de arte. É provável que poucos eleitores do Oscar tenham assistido o filme, e menos ainda vão se lembrar dele na hora de votar. Ainda assim, o filme nos deixa com vontade de ver mais trabalhos de Stewart – e nos faz pensar que não deve demorar até levar um Oscar.
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12. 10. Julie Walters, "Brooklyn"
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12/22 (Divulgação/Fox Searchlight)
Dá para assistir "Brooklyn" sem pensar em Molly Weasley nem sequer uma vez. Essa é a maior prova do talento de Julie Walters. Ela interpreta com tanta verve o papel da senhora Kehoe, chefe do internato da rua Clinton, que parece uma pessoa real. Mas, quando você confere a página de Walters no IMDB, percebe que ela fez a personagem que matou Bellatrix LeStrange em uma das cenas mais catárticas da série Harry Potter! É uma revelação surpreendente. Por outro lado, a senhora Kehoe não aparece muito tempo na tela. E o fato não vermos Walter atuando – a própria definição de uma performance naturalista – pode complicar as chances da atriz na votação da Academia. A menos que eles se lembrem das duas outras indicações de Walters, por Billy Elliott e Educando Rita.
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13. 9. Rachel Weisz, "A Juventude"
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13/22 (Reprodução/YouTube)
"A Juventude" tem muitas performances incríveis. Todos os cinco atores principais têm chances de serem indicados para o Oscar pelo filme, escrito e dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino. E talvez isso aconteça! Mas também é possível que alguns não levem a indicação. Entre Rachel Weisz e Jane Fonda, é difícil dizer quem tem as melhores chances de concorrer ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ambas já foram premiadas. Fonda ganhou dois Oscar, e Weisz, um. Mas Fonda levou uma estatueta para casa pela última vez em 1979, e Weisz, em 2006, por "O Jardineiro Fiel". Então consideremos um empate. No papel da filha do personagem de Michael Caine, Weisz aparece mais na tela e tem um arco emocional impactante. Fonda aparece menos tempo, mas faz mais barulho. O fato de que Fonda completa 78 anos em dezembro, o que a tornaria a mais velha atriz a ganhar na categoria de melhor coadjuvante, pode representar uma pequena vantagem.
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14. 8. Joan Allen, "O Quarto de Jack"
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14/22 (Reprodução/YouTube)
Nancy, a personagem de Joan Allen em "O Quarto de Jack" poderia ser esquecida facilmente. Ela só aparece na metade do filme, e sua principal função é cuidar de sua filha e de seu neto, interpretados de forma brilhante por Brie Larson e Jaco Tremblay, respectivamente. Uma atriz menor poderia ter feito o papel de Nancy como A Mãe Cuidadosa e tudo estaria resolvido. O filme continuaria sendo bom. Mas Allen, felizmente, vai muito além. Seus movimentos precisos e entonações vocais transmitem o oceano de sentimentos sob a superfície. Ela nos permite entender como a perda da filha foi dolorosa para Nancy, como ela é grata por tê-la de volta e como é difícil o processo da reaproximação – tudo sem grandes discursos. O risco dessa abordagem sutil é que os eleitores do Oscar podem não reconhecer o valor da performance de Allen, especialmente diante da atuação brilhante dos dois atores principais. Por outro lado, Allen já recebeu três indicações ao Oscar, a mais recente em 2001, e até agora não venceu nenhuma vez. Se "O Quarto de Jack" surgir como um dos favoritos da temporada, com várias indicações – uma possibilidade real --, Allen tem uma grande oportunidade de ser reconhecida. E suas chances são boas mesmo que Quarto não seja indicado em muitas categorias.
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15. 7. Elizabeth Banks, "Love and Mercy"
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15/22 (Reprodução/YouTube)
Elizabeth Banks pode ser o azarão da corrida. O papel do interesse romântico de Brian Wilson em "Love and Mercy" foi uma das maiores surpresas do filme. Certamente é a personagem mais vivida da carreira de Banks, e os críticos chamaram sua performance de “sincera” e “majestosa”. Ter sido esnobada pelo Indie Spirit Awards doeu, mas ela sabia o que estava fazendo quando foi a convidada especial do Saturday Night Live, promovendo o novo filme da série "Jogos Vorazes". Se a Roadside Attractions acelerar a campanha por Banks, há boas chances de que ela entre para a lista de indicadas. Ter dirigido um dos filmes de maios bilheteria do ano, “A Escolha Perfeita 2”, certamente ajuda.
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16. 6. Rachel McAdams, "Segredos Revelados"
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16/22 (Reprodução/YouTube)
A mulher-sozinha-num-mundo-dominado-por-homens pode ser um clichê infeliz do Oscar deste ano – pergunte a Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria), Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados) ou Rachel McAdams, que tem uma presença dinâmica num papel bastante simples. No elenco estelar de 'Segredos Revelados', ela faz parte da equipe de jornalistas do Boston Globe que investiga acusações de abuso sexual contra padres. Mas McAdams dá à personagem o caráter e a simpatia adequadas para uma jornalista determinada. Depois de duas horas de filme, parece que sabemos muito sobre ela, quando na verdade sabemos muito pouco. A questão é se McAdams é vistosa o suficiente para se sobressair na categoria. Participações na odiada segunda temporada de "True Detective" e em "Sob o Mesmo Céu" não ajudam a campanha de McAdams, e o estúdio Open Road Films, que distribuiu "Segredos Revelados", não conseguiu uma indicação para Jake Gyllenhaal pela incrível performance em "O Abutre", no Oscar 2015. Mas as críticas fenomenais de "Segredos Revelados" sugerem que o estúdio talvez não precise se esforçar tanto por McAdams.
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17. 5. Jane Fonda, “A Juventude”
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17/22 (Divulgação/Fox Searchlight)
Jane Fonda aparece uns cinco minutos em "A Juventude", mas a ponta no papel de uma atriz é tão feroz e cômica que acabou virando um dos grandes assuntos do Festival de Cannes, em maio. Fonda tem muitos precedentes, especialmente nesta categoria, que já teve vitórias de Beatrice Straight (por uma aparição de seis minutos em Network) e de Judi Dench (na tela por apenas oito minutos em Shakespeare Apaixonado). Fonda esteve por toda parte este ano, fazendo o circuito dos festivais, estrelando a série “Grace and Frankie”, do Netflix, e aparecendo na capa da edição anual da The Hollywood Reporter dedicada às atrizes. Com sete indicações em seus 77 anos de vida, Fonda vai falar alto junto aos eleitores da academia, que adoram ver Hollywood nas telas do cinema.
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18. 4. Jennifer Jason Leigh, em "Os Oito Odiados"
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18/22 (Divulgação/The Weinstein Co.)
Uma das poucas mulheres num filme cheio de homens, Jennifer Jason Leigh não vai ter dificuldade em se destacar. Suas curtas aparições nos trailers são deliciosamente maníacas, e com uma campanha de peso da The Weinstein Company, Jason Leigh já é considerada uma das favoritas pelo papel de uma refugiada da Guerra Civil americana. O National Board Review já lhe entregou o prêmio de atriz coadjuvante. A atriz de 53 anos, figurinha carimbada do cinema independente, também chamou a atenção em 'Anomalisa', de Charlie Kaufman, papel que lhe rendeu uma indicação ao Indie Spirit Awards. Logo saberemos o que os críticos acharam do mais novo Tarantino. As resenhas estão embargadas até 21 de dezembro, mas o filme já está sendo exibido para críticos em Nova York e Los Angeles, então logo as notícias começam a circular.
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19. 3. Kate Winslet, "Steve Jobs"
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19/22 (Reprodução/YouTube)
Mesmo que Steve Jobs tenha sido uma decepção na bilheteria, Kate Winslet pode marcar a passagem para cerimônia do Oscar. O papel da principal confidente do fundador da Apple deve lhe render sua sétima indicação. Estamos falando de uma atriz que não tem de fazer muito para chamar a atenção da Academia: Iris, de 2001, teve apenas um terço da bilheteria de Steve Jobs e ainda assim Winslet foi indicada na categoria de melhor coadjuvante. O sotaque polonês em Steve Jobs é leve, mas essa é uma pequena distração diante de uma performance decidida. Pode-se dizer que sua personagem é a heroína do filme. A Academia vai gostar disso.
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20. 2. Alicia Vikander, "A Garota Dinamarquesa"
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20/22 (Reprodução/YouTube)
Que ano teve Alicia Vikander. A sueca de 27 anos já tinha feito filmes em inglês, com destaque para Anna Karenina, de 2012. Mas foi em 2015 que ela virou uma estrela de Hollywood. Ela esteve em quatro grandes filmes desde janeiro: Ex Machina: Instinto Artificial, Pegando Fogo, O Agente da U.N.C.L.E. e A Garota Dinamarquesa. Você pode argumentar que o melhor desses papeis foi o da robô sinistra Ava, em Ex Machina, contracenando com Domnhall Gleeson, seu marido em Anna Karenina. Mas “Ex Machina” é um filme independente, com orçamento limitado, e ainda por cima de ficção científica. A Garota Dinamarquesa é uma aposta mais segura para o Oscar. O filme tem pedigree impecável. Foi dirigido por Tom Hooper, que levou O Discurso do Rei à vitória nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Filme em 2011. Eddy Redmayne, que também está em Garota, levou a estatueta de Melhor Ator em 2015. Vikander faz o papel de Gerda Wegener, que luta com a decisão de seu marido, Einar (interpretado por Redmayne) para se tornar uma das pessoas a realizar a cirurgia de mudança se sexo. As resenhas de Garota foram decepcionantes, e muitos dizem que o filme tem bom gosto demais. Mas só houve elogios ao trabalho de Vikander. É o tipo de atuação cheia de nuances e emoção que a Academia adora. Uma indicação, ou até mesmo uma vitória, seria um reconhecimento fenomenal da ascensão de Vikander.
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21. 1. Rooney Mara, "Carol"
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21/22 (Reprodução/YouTube)
Vamos ser muito claros: Rooney Mara deveria ter ganhado o Oscar de Melhor Atriz em 2012, por "A Garota com a Tatuagem de Dragão". Sua interpretação de Lisbeth Salander foi icônica, aterrorizante, vulnerável e transformadora. Mara só teve o azar de ser indicada no ano em que a Academia decidiu finalmente dar o terceiro Oscar para Meryl Streep. (Sendo justos, Streep com certeza estava impressionante no papel de Margareth Thatcher em A Dama de Ferro, mas definitivamente não foi sua melhor performance da década.) Mas por que nos prender ao passado se Carol dá a Mara outra chance para brilhar? O papel do título, de Cate Blanchett, é mais vistoso, mas Mara mais que segura a onda como Therese, objeto do amor de Carol. O roteiro de Phyllis Nagy não dá muitos detalhes concretos sobre a história de Therese ou um passo-a-passo das emoções dela, mas a atuação de Mara preenche todas as lacunas. Nós a conhecemos, mesmo que não saibamos tudo sobre ela; empatizamos com ela, mesmo que não saibamos exatamente o que ela está pensando. Você pode até dizer que Therese é a personagem principal, apesar do título do filme. Das duas, ela é que tem o maior crescimento ao longo do filme. Mas a The Weinstein Company (espertamente) está promovendo Mara na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. A combinação da mágica de Harvey Weinstein, a adulação universal recebida por Carol e a poderosa atuação de Mara devem lhe render um Oscar.
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22. Falando em Oscar...
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22/22 (Escritório de Turismo de Karlovy Vary / Fotógrafo: Moritz Kertzscher)