Copa: jogo ganha especial relevância porque vai reunir, a poucos dias do mundial, alguns dos principais candidatos a destaque na Rússia (Carl Rancine/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2018 às 07h11.
Última atualização em 25 de maio de 2018 às 09h29.
A menos três semanas do início da Copa do Mundo, Liverpool e Real Madrid entram em campo neste sábado, às 15h45 de Brasília, para decidir o principal campeonato de futebol do planeta, a Liga dos Campeões. O jogo ganha especial relevância porque vai reunir, a poucos dias do mundial, alguns dos principais candidatos a destaque na Rússia. Do lado espanhol, protagonista é o português Cristiano Ronaldo, que tem ambições de finalmente brilhar numa Copa do Mundo. Do lado inglês, o destaque é o surpreendente egípcio Mohamed Salah, que marcou 42 gols nesta temporada e levou seu país de volta ao mundial. O jogo terá ainda em campo três brasileiros: o lateral Marcelo e o volante Casemiro, pelo Madrid, e o atacante Firmino, pelo Liverpool. Todos eles se apresentarão à seleção após a partida.
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Mas a partida também será uma oportunidade de mostrar como nos tempos de gastos recordes o futebol continua dando espaço para o uso inteligente e cirúrgico dos recursos. O Real Madrid é adepto da contratação das grandes estrelas e, segundo jornais esportivos, está disposto a pagar 1 bilhão de reais para levar o brasileiro Neymar, hoje no Paris Saint Germain. Dá certo, claro: o clube pode levar, no sábado, seu terceiro título europeu consecutivo.
O Liverpool, por sua vez, consegue competir com muita estatística. Apesar de ter cinco títulos europeus, o clube vive uma fase difícil: joga apenas pela quarta vez a Liga dos Campeões nos últimos dez anos. E chegou à final com um trio de ataque pinçado em clubes medianos. Firmino veio do alemão Hoffenhein, em 2015; Salah, da Roma em 2016; Sadio Mané, do Southampton no ano passado. Segundo análise do site de estatística FiveThirtyEight, os três estavam entre os líderes do continente num dado pouco conhecido dos torcedores: o aproveitamento de gols e de assistências por chances criadas. Jogadores de clubes menores chegam menos ao ataque e tendem a ter menos possibilidades de fazer a diferença nas partidas. Quando ainda assim chegam em posições intermediárias nos rankings nesses quesitos, é sinal de que podem explodir em clubes maiores, com mais chances criadas. Nesta temporada eles marcaram 86 gols e deram 36 assistências.
Deu certo para o Liverpool, cujo próprio técnico tem uma estratégia que foge à regra vigente no futebol, o alemão Jurgen Klopp, ex-treinador do Borussia Dortumnd. Enquando a Copa do Mundo deve voltar a mostrar os favoritos valorizando a posse de bola, Klopp é a adepto do que chama de futebol “heavy metal”, com muita intensidade em pouco tempo. Seus times são especialistas em fazer gols no meio da bagunça: quando defesa e ataque estão fora de suas posições pré-definidas. Segundo o FiveThirtyEight, ele tem 47% de chances de vencer o Real Madrid. Para quem valoriza a estatística, é um número nada desprezível.