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Argentina elimina Brasil no basquete durante as Olimpíadas

Com isso, o sonho do Brasil de conquistar uma medalha em seu retorno a uma edição de Olimpíadas após 16 anos de ausência chegou ao fim

Com o cronômetro indicando oito segundos para o fim do jogo, Leandrinho acertou um chute de três (Getty Images)

Com o cronômetro indicando oito segundos para o fim do jogo, Leandrinho acertou um chute de três (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 19h27.

Londres - A experiência em decisões, somada ao talento de seus jogadores, pesou nesta quarta-feira nos momentos cruciais de um duelo no qual essas duas qualidades falam mais alto, e deram à Argentina uma vitória por 82 a 77 sobre a seleção brasileira masculina de basquete nas quartas de final dos Jogos de Londres.

Com isso, o sonho do Brasil de conquistar uma medalha em seu retorno a uma edição de Olimpíadas após 16 anos de ausência chegou ao fim. Em 2016, já classificada por ser a equipe anfitriã, a seleção tentará mais uma vez subir ao pódio olímpico neste esporte, o que não acontece desde o terceiro lugar nos Jogos de 1964, em Tóquio.

O armador Marcelinho Huertas e o ala-armador Leandrinho foram os cestinhas da partida, com 22 pontos cada. Nenê se destacou nos garrafões com 12 rebotes, maior número do jogo neste fundamento. Pela Argentina, Scola, com 17 pontos, e Ginóbili e Delfino, com 16, foram os principais destaques.

Se um índice de aproveitamento pode ser escolhido para representar como a experiência e a frieza decidem uma partida como a de hoje, este é o de lances livres. O Brasil acertou apenas metade das tentativas que teve - 12 em 24. Já os argentinos converteram 19 de 28 (68%).

O jogo começou com os comandados de Ruben Magnano mostrando que não dariam vida fácil aos campeões olímpicos de 2004 - edição na qual o hoje técnico da seleção brasileira comandava a equipe de seu país natal. O Brasil fechou a parcial na frente (26 a 23) e tinha em Huertas seu principal jogador, com 13 pontos.


No segundo quarto, porém, uma série de falhas dos brasileiros virarem o placar e fossem para o intervalo com vantagem de seis pontos (46 a 40). No período seguinte, os argentinos chegaram a abrir 61 a 46, dando a impressão que o duelo seria resolvido de forma mais fácil do que o imaginado. A parcial terminou com diferença de dez pontos (64 a 54) e controle total do jogo por parte de Ginóbili, Scola e cia.

O Brasil ainda esboçou uma reação na segunda metade do último quarto, diminuindo uma diferença que era de 11 para apenas dois, mas faltou frieza na hora de definir jogadas de ataque. Dois erros seguidos de Alex deram à Argentina duas posses de bola que não foram desperdiçadas pelos ''hermanos''. E a vantagem dos argentinos passou para seis, faltando 2min27s para o fim do jogo.

Leandrinho ainda acertou uma cesta de três a 1min40s, deixando o placar em 74 a 71 para a Argentina. Prigioni errou a tentativa seguinte, e com isso o Brasil teve a chance de chegar ao empate em um arremesso de longa distância de Huertas. A bola bateu no aro e, no contra-ataque, Alex fez falta em Ginóbili, que converteu os dois lances livres.

Na sequência, Huertas voltou a errar um ataque, desta vez em uma infiltração, e cometeu falta em Scola. O pivô acertou as cobranças e deixou o placar em 78 a 71 para a Argentina. Após uma saída rápida de bola, Leandrinho tentou entrar no garrafão, mas perdeu a bola e fez falta. Prigioni converteu as duas tentativas, praticamente acabando com as chances do Brasil.

Com o cronômetro indicando oito segundos para o fim do jogo, Leandrinho acertou um chute de três, e logo depois Guilherme fez falta em Scola. O pivô desperdiçou as cobranças, mas Leandrinho errou o último arremesso do Brasil, mandando a bola no aro. Assim como a chance de medalha em Londres, ficou no quase. 

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