Cantora pop ainda recorre ao recurso velho do playback em apresentações (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 10h42.
São Paulo - Às vésperas do aniversário de 30 anos, Britney Spears já não tem o corpo sarado de "princesinha do pop", e a performance como dançarina não é mais aquela. O show da turnê Femme Fatale, na Apoteose, no Rio, na terça-feira, para 20 mil pessoas, durou apenas 1h28, e a cantora recorreu ao velho recurso do playback. Mas para os fãs, que eram adolescentes quando ela, no auge, veio para o Rock in Rio de dez anos atrás, nada disso tem qualquer relevância. A cantora se apresenta amanhã no Arena Anhembi, em São Paulo.
O público no Rio estava elétrico, mesmo sob a chuva que antecedeu a apresentação. "Estou aqui desde sábado", contava a estudante Julia Neves, de 22 anos, que veio de São José dos Campos com sua peruca rosa. Porém, a chuva parou antes da contagem regressiva para o show. Foi quando as luzes se apagaram e a imagem de Britney sendo perseguida - como fazem os paparazzi ávidos por seus deslizes - surgiu em quatro telões. Em close, ela avisou: "I'm not that innocent". E a plateia veio abaixo.
Sorridente, a cantora apareceu em seguida, com um maiô branco e prateado - o primeiro dos cinco figurinos que vestiria na noite, todos bem justos, para deixar a silhueta mais esguia -, e iniciou os trabalhos com "Hold It Against Me", single do CD "Femme Fatale", lançado este ano. Depois da segunda música, "Up & Down", também do CD, dirigiu-se aos fãs. Bastou um "What's up, Rio?" para a ovação. As letras novas eram cantadas inteiras.
Britney agradeceu, animada, e mandou outro hit, "3", de "The Singles Collection" (2009), seguida por "Piece of Me", de "Blackout" (2007). O uso do playback era notado em músicas que exigiam passos mais difíceis de dança, como em "How I Roll".
Foram 19 músicas, entre as de Femme e os grandes sucessos: "Womanizer", "Toxic" e "I'm a Slave 4 U". "Oops... I Did It Again" ficou de fora - mas não houve reclamações. Assim como em outros shows da turnê, em "Lace & Leather" um voluntário foi convocado para ser algemado em uma cadeira enquanto ela e seus dançarinos executavam uma dança sensual. Subiu o estudante Getúlio Cavalcanti, de 20 anos, que ousou ao dar uma mordida em sua perna.
Em "I Wanna Go", no fim, a Apoteose se converteu numa rave de braços para cima, agitando bolas multicoloridas. No último número, "Till the World Ends", cartazes com a interjeição "Oh", presente na música, foram levantados, tal qual se fez com Paul McCartney no "na na na na" de "Hey Jude". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Britney Spears - Arena Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1.209). Informações sobre ingressos: 4003-6464. Amanhã, às 22 h. R$ 225/ R$ 600.