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Antes proibido, agora a nova mania dos chineses é criar animais

Antes proibido pelo regime comunista que considerava isso um hábito burguês, hoje o país conta com cerca de 100 milhões de mascotes oficialmente declarados

China: o setor pet gera um volume de faturamento de mais de 15 bilhões de euros (China Photos/Getty Images)

China: o setor pet gera um volume de faturamento de mais de 15 bilhões de euros (China Photos/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de março de 2017 às 15h50.

As ruas de Xangai se transformam em passarelas para o desfile das mais variadas raças de cães e seus elegantes acessórios, símbolos do rápido desenvolvimento da classe média na China.

Ter animais de estimação, antes proibido pelo regime comunista que considerava isso um hábito burguês, causa furor na China, país que conta com cerca de 100 milhões de mascotes oficialmente declarados, cachorros em sua grande maioria.

E seus donos não hesitam em gastar uma fortuna para mimá-los.

"Os proprietários gostam de vestir seus animais com elegância, exatamente como fariam com seus filhos", comenta Huang, uma senhora que passeia com seus filhotes em um carrinho de bebê em pleno centro da capital econômica chinesa.

A recente paixão dos chineses pelos animais se traduz em dinheiro à disposição: o setor pet gera um volume de faturamento de mais de 15 bilhões de euros, com um crescimento esperado de 20% ao ano, segundo o Yourpet Market Research Institute.

"A geração dos 30 anos está na vanguarda do movimento devido a seu crescente poder aquisitivo", afirma o estudo.

Xangai, que gosta de ser vista como a cidade mais moderna da China, conta com um milhão de animais domésticos, para uma população de 24 milhões de habitantes, segundo pesquisa de 2015 do jornal China Daily.

A ponto de as autoridades aplicarem, em 2011, a "política do cachorro único", com o objetivo de combater os latidos, as mordidas e os excrementos.

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