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Anima Mundi chega a São Paulo com mais de 500 produções

Festival, que começa hoje e vai até domingo (18), traz 500 curtas-metragens e 13 longas de animação


	Uma História de Amor e Fúria: entre os longas que são exibidos no Anima Mundi, está a animação de Luiz Bolognesi, que recebeu o principal prêmio do Festival de Annecy, na França
 (Uma História de Amor e Fúria Oficial)

Uma História de Amor e Fúria: entre os longas que são exibidos no Anima Mundi, está a animação de Luiz Bolognesi, que recebeu o principal prêmio do Festival de Annecy, na França (Uma História de Amor e Fúria Oficial)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 14h40.

São Paulo - Além de ser uma oportunidade para conhecer filmes de animação de 53 países, o Festival Internacional de Animação do Brasil (Anima Mundi) marca, com 21 anos de existência, a consolidação desse tipo de produção no Brasil. “Nesses 21 anos a gente viu a produção de curtas autorais crescer de um filme por ano para 300 filmes por ano.

A gente viu uma indústria nascer no país, que agora já está consolidada. Já tem filmes brasileiros passando em canais infantis, não só no Brasil, mas em mais de 100 países”, conta o diretor da mostra, César Coelho.

O festival, que começa hoje (14) e termina no próximo domingo (18) na capital paulista, traz 500 curtas-metragens e 13 longas para as salas do Cine Olido e do Espaço Itaú de Cinema. O Brasil, país com maior número de filmes na mostra, está representado com 106 produções, seguido pela França, com 80, e pela Alemanha e os Estados Unidos, ambos com 30. Também podem ser vistas animações de lugares como o Irã, a Croácia, Cuba, a Ucrânia. Moldávia e Líbano participam pela primeira vez do festival.

Entre os longas que são exibidos no Anima Mundi, está Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi, que recebeu o principal prêmio do Festival de Annecy, na França, o mais importante da animação. É a primeira vez que uma produção brasileira consegue esse reconhecimento. Para César Coelho, isso é um exemplo das conquistas da animação nacional.

“Finalmente, estamos atingindo a última fronteira, a mais difícil, a mais sofisticada, que é a produção de longas-metragens”, destacou.

Coelho lembra que a criação da mostra foi justamente uma tentativa de reagir ao mau momento pelo qual o setor passava. “Como uma estratégia de sobrevivência. A projeção para o futuro era péssima. O cinema brasileiros estava muito ruim, a animação praticamente não existia”, conta. Problemas que foram superados, na avaliação do diretor, com a união dos artistas fomentada pelo evento.


“Várias discussões importantes com a indústria, com a televisão e com os órgãos governamentais foram desenvolvidas dentro do festival. A gente busca no exterior elementos importantes para trazer para o Brasil e enriquecer a nossa capacidade e conhecimento técnico”, explica.

Entre os destaques deste ano, está Feral, uma coprodução de Portugal e Estados Unidos. O filme, dirigido e animado por Daniel Sousa, conta a história de um menino selvagem que é levado da floresta para a civilização por um caçador. O filme ganhou o prêmio do juri profissional no Rio de Janeiro, onde a mostra foi exibida até o último domingo (11).

Aprovado para Adoção foi premiado na capital fluminense como melhor longa adulto. Na produção franco-belga, o cartunista Jung, entregue para adoção aos 5 anos, decide voltar à Coreia, sua terra natal, em busca da mãe biológica.

Há ainda sessões voltadas para o público infantil: as dubladas, para crianças até 8 anos, e as legendadas para as mais velhas.

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