De abril de 2020 a março deste ano, a categoria de homewear cresceu 512,39% enquanto a linha nightwear, de pijamas e camisolas, cresceu 399,12%. (Intimissimi/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 15 de junho de 2021 às 11h48.
Última atualização em 15 de junho de 2021 às 16h32.
O grupo italiano Calzedonia, detentor das marcas Intimissimi e Calzedonia teve um boom em vendas com a pandemia. No e-commerce, focou nas vendas através do WhatsApp e site, e os pontos físicos cresceram 225% neste ano em comparação com 2020. Em entrevista à Casual, Álvaro Gutierrez, diretor da marca no Brasil, destaca o crescimento das vendas, que vem da fidelização dos clientes, a alta qualidade dos produtos e a moda pandêmica, que agora está nas ruas.
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Com peças sazonais como meias, calças e roupas de banho, na Calzedonia e lingeries e homewear na Intimissimi, o e-commerce das marcas teve crescimento expressivo no último ano. De abril de 2020 a março deste ano, em Intimissimi, a categoria de homewear cresceu 512,39% enquanto a linha nightwear, de pijamas e camisolas, cresceu 399,12%.
Mesmo com o crescimento online, o grupo está focado na expansão de lojas físicas, sendo algumas de propriedade do grupo e outras franquias. No primeiro semestre do ano, já foram inauguradas 12 lojas físicas, sendo 8 da Intimissimi e 4 da Calzedonia. Confira trechos da entrevista a seguir.
No cenário da pandemia, o grupo Calzedonia foi contra a corrente e abriu 12 lojas. Qual é a importância do ponto físico para as marcas?
Para nós, o ponto físico é fundamental. Resultado disso, em abril abrimos 7 lojas físicas, e não fechamos nenhuma loja durante a pandemia. As condições estão mais justas para pagamentos, por exemplo, entre os franqueados e os shopping centers.
A Calzedonia vendia dentro das lojas Intimissimi e também online. Como aconteceu a separação das lojas no país?
Este modelo de loja, com um corner da Calzedonia dentro das lojas Intimissimi, foi uma proposta que eu fiz para o presidente do grupo para testar a marca Calzedonia no Brasil e entender melhor o mercado nacional. Colocamos à venda somente os best sellers de Calzedonia na Intimissimi. A apresentação da loja online, antes da física, também nos ajudou a entender o mercado. Hoje, possuímos cinco lojas abertas, e mais oito negociadas.
As vendas digitais funcionam tanto através do site, quanto por WhatsApp. Como foi o crescimento destes canais no ano passado?
Temos o projeto da prateleira infinita, em que os clientes usufruem do nosso centro de distribuição e podem escolher receber os produtos em casa ou retirar na loja. As vendas através do e-commerce ficaram em primeiro lugar nos últimos 3 anos. Nas vendas via WhatsApp, há um maior contato com os clientes, já que há comunicação direto com as vendedoras. Em produtos, cresceram as categorias de homewear e nightwear. Com mais tempo em casa, as pessoas passaram a querer se vestir melhor com a família. Nossas peças de nightwear, por exemplo, podem ser tanto usadas em casa quanto nas ruas. A moda confortável da pandemia está nas ruas, nossas clientes gostaram dessa ideia, e continuarão usando no pós pandemia.
As lojas são tanto próprias quanto franquias, como funciona este modelo?
Somos franqueadores mundiais, das nossas 5.500 lojas, 60% são franquias. Temos vários diferenciais que beneficiam o franqueado. Por exemplo, fazemos a recompra das mercadorias não vendidas pelo mesmo valor pago pelos franqueados. As peças não vendidas vão para marketplaces, e se mesmo assim não forem vendidas, revendemos para a Itália e o que sobra e vai para outlets no Leste Europeu. Além disso, disponibilizamos um supervisor de vendas. A cada 15 dias, um funcionário do grupo vai às lojas para auxiliar no faturamento.
As marcas de moda estão cada vez mais sendo cobradas em relação à sustentabilidade. O que o grupo Calzedonia tem feito nesse sentido?
O grupo Calzedonia tem compromisso com The Fashion Pact, uma coalizão internacional com 14 países que reúnem os líderes mundiais da moda e da indústria têxtil. Algumas das iniciativas são mitigar a mudança climática, alcançando impacto zero até 2050; restaurar a biodiversidade, proteger as espécies-chave e os ecossistemas naturais e proteger os oceanos, eliminando o plástico problemático e desnecessário até 2030. Além das ações detalhadas em nosso relatório de sustentabilidade, para este ano temos como meta a compra de energia renovável; o uso da eletricidade produzida por nossas próprias usinas fotovoltaicas; a ativação de projetos de reflorestamento; o uso de papel, papelão e madeira certificados; e o plantio de 50.000 árvores em todo o mundo.
Cada marca também está implementando projetos específicos para responder aos objetivos estabelecidos pelo Grupo, com foco em etiquetas e embalagens feitas de materiais reciclados e coleções produzidas com baixo impacto ambiental.
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