Casual

À beira de IPO bilionário, Wine abre 1ª loja física em São Paulo

Do e-commerce para a rua, o clube de vinhos quer expandir sua atuação no varejo e planeja entrar na bolsa com uma oferta inicial de 1 bilhão de reais

Wine: cerca de 15% das vendas de vinhos finos no Brasil já são feitas em lojas online. (Wine/Reprodução)

Wine: cerca de 15% das vendas de vinhos finos no Brasil já são feitas em lojas online. (Wine/Reprodução)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 13h28.

Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 19h00.

A Avenida Pedroso de Morais, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, acaba de ganhar um novo endereço. Do e-commerce para a rua, a Wine, maior clube de vinhos online do Brasil, está inaugurando nesta semana sua terceira loja física no Brasil, a primeira na cidade de São Paulo.

A marca também está presente em Belo Horizonte, que recebeu a primeira loja física Wine em 2019, e em Curitiba, espaço inaugurado em maio deste ano. A cidade de São Paulo foi escolhida para o novo empreendimento por ser uma das que concentram o maior número de sócios da Wine, e o bairro, Pinheiros, pelo fato de ser o primeiro no consumo de vinhos na capital paulista.

Fundada em 2008, a Wine se apresenta como o maior clube de vinhos do mundo. São mais de 170.000 sócios do clube Wine, que oferece descontos, vantagens em promoções e frete grátis, além de 1 milhão de clientes em seu site.

A Ideia é que as lojas físicas funcionem como espaço de convivência para os sócios do clube e apreciadores de vinhos. O empreendimento paulistano chega com uma variedade de mais de 500 rótulos. Para além das prateleiras, a nova loja conta com um espaço mais privativo onde os sócios Wine podem conversar e experimentar a seleção de bebidas do mês no local. “Nossas lojas também foram pensadas para treinamentos, workshops, degustações e nossos sócios poderão usá-los mais à frente para reuniões, o que está condicionado a uma reabertura segura em tempos de pandemia”, diz German Garfinkel, Diretor de B2B da Wine.

O plano da Wine com as lojas físicas é expandir sua atuação no varejo de vinhos e captar novos consumidores, além de fidelizar os que já são sócios. É possível, por exemplo, fazer a compra no aplicativo Wine mas, em vez de esperar o delivery, retirar a encomenda pessoalmente. “A cada loja que inauguramos, estamos pensando nos nossos consumidores e em como proporcionar momentos únicos. O design e os móveis são projetados de forma modular, com rodinhas, de forma que possamos movimentar para ter uma área de eventos, jantares ou cursos”, afirma o diretor da empresa.

IPO bilionário

A Wine não confirma oficialmente, mas a companhia estaria contratando os bancos Itaú BBA, XP, BTG Pactual e Bank of America para fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores brasileira. 

Segundo o Brodcast Estadão, a empresa espera captar pelo menos 1 bilhão de reais ao abrir seu capital. Seria o mais longe que qualquer companhia de varejo de vinhos online já chegou. Procurada pela EXAME, a Wine disse que não irá comentar o possível IPO.

Para realizar sua abertura de capital na bolsa, no entanto, a Wine precisaria entrar na fila. O ano de 2020 está ficando curto para a lista de IPOs mais as subsequentes em andamento. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o número de companhias que pegaram lugar na fila para listar ações na Bolsa não para de crescer. 

Caso o IPO se confirme, a injeção de capital poderia significar um imenso diferencial para a marca que a cada dia ganha novos concorrentes muito semelhantes. Embora a Wine tenha sido uma das pioneiras nos clubes de vinho online no Brasil, a concorrência nunca foi tão acirrada como está sendo agora. Cerca de 15% das vendas de vinhos finos no Brasil já são feitas pela internet. 

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasCasualIPOslojas-onlinesao-pauloVinhos

Mais de Casual

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo

A Burberry tem um plano para reverter queda de vendas de 20%. Entenda

Bernard Arnault transfere o filho Alexandre para a divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH