Em palestra, Drauzio Varella fez várias ponderações sobre o estilo de vida que vem sendo adotado ao redor do globo (Dráuzio Varella/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 11h22.
O médico Drauzio Varella é conhecido por suas frases de efeito e ótimas interpretações sobre a saúde brasileira. E ele estava inspirado em uma palestra que deu recentemente durante um encontro para profissionais de RH, o HR Summit.
Convidado pela empresa Healthways, Drauzio fez várias ponderações — recheadas de um humor ácido — sobre o estilo de vida que vem sendo adotado ao redor do globo. Pinçamos algumas dessas pérolas para você se divertir e, ao mesmo tempo, refletir sobre a forma como cuida da saúde.
Realmente há indivíduos com um código genético que facilita a queima de gordura ou diminui o apetite. Mas isso não quer dizer que quem não carrega esses traços no DNA está fadado à obesidade. Em uma pesquisa recente publicada no periódico científico The BMJ, observou-se que voluntários com genes vinculados ao ganho de peso emagreciam tanto quanto outras pessoas ao adotarem um estilo de vida equilibrado.
Em geral, são anos de obesidade, sedentarismo e má alimentação que fazem uma pessoa apresentar uma doença crônica como o diabetes e a hipertensão. Sim, às vezes é difícil adotar hábitos equilibrados pensando em colher os frutos décadas para frente. Contudo, manter a qualidade de vida por anos a fio é um bom motivo para fazer um ou outro ajuste no cotidiano, certo?
A fome é fundamental para o organismo. Mas uma série de fatores interfere nela. A ansiedade, por exemplo, já é associada a uma maior ingestão de comida — e isso não tem nada a ver com suas necessidades orgânicas. Além disso, a sensação de saciedade demora um tempinho para aparecer mesmo quando o estômago está cheio. Daí porque é realmente interessante comer sua refeição — de preferência sem apressar as garfadas — e se afastar das fontes de comida.
Quem aqui já não prometeu que iria acordar mais cedo para fazer um exercício e, quando o despertador toca, acaba desistindo em nome de meia hora a mais de sono?!
A brincadeira do Drauzio é verdadeira: se não insistirmos um pouco, principalmente nas primeiras sessões de malhação, acabamos caindo no sedentarismo por pura preguiça.
Aliás, tenha em mente que esses 30 minutos a mais de sono após o primeiro despertar é bastante superficial — e não vai dar mais disposição para o dia. Já uma atividade física moderada consegue, sim, oferecer ânimo para um cotidiano estressante.
Não fique bravo com o Drauzio. O que ele está defendendo com boa dose de razão é que, se não priorizarmos os hábitos saudáveis, nunca teremos tempo para eles.
Ora, muita gente diz que não consegue separar uns minutinhos para malhar, mas gasta um bom tempo na frente da televisão ou vidrado no celular.
Antes de tudo, cabe um anexo: desde que começou a correr, por volta da quinta década de vida, Drauzio já disputou (e disputa) um monte de maratonas.
O que ele quer dizer é que aquela sensação de prazer vinda dos exercícios tão ressaltada pelos especialistas não aparece na primeira passada.
Na verdade, ela se intensifica do meio para o fim do treinamento — e em especial após o término do esforço físico, porque é potencializada pelo sentimento de dever cumprido.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Saúde.