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48 Horas em Nova York para iniciantes

Um roteiro para os que embarcam para a Big Apple pela primeira vez

Depois de visitar Nova York, boas lembranças e um gostinho de quero mais voltarão com você ao Brasil (Wikimedia Commons)

Depois de visitar Nova York, boas lembranças e um gostinho de quero mais voltarão com você ao Brasil (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 09h02.

Nova York - A primeira visita a Nova York não pode ignorar clássicos como a Times Square, a Ponte do Brooklyn, o Empire State Building, o MoMA, uma peça da Broadway, o Central Park, mas também pode incluir o melhor hambúrguer da cidade, passeios despretensiosos por Chelsea, Williamsburg e Brooklyn, e uma refeição em um dos muitos restaurantes moderninhos de Hell's Kitchen. Esses últimos da lista são lugares que certamente só os "turistas antenados" vão conhecer.

Para que a sua estadia na Big Apple dos clichês tenha um tempero especial, siga este roteiro de 48 horas. Ainda vai ficar faltando muita coisa para conhecer em Manhattan, no Brooklyn e no Queens, os principais "boroughs" (regiões) de Nova York, mas boas lembranças e um gostinho de quero mais voltarão com você ao Brasil. Da próxima vez, você poderá optar pelo roteiro dos experts na cidade, pois já terá experimentado os tradicionais programas nova-iorquinos.

Dia 1

Se o dia estiver bonito, comece pelo Empire State Building. Há dois observatórios, um no 86° andar e outro no 102° andar (os tíquetes podem ser comprados separadamente para cada um dos mirantes, ou combinados – juntos custam US$ 37). Alguns turistas preferem a vista do Top of the Rock, no Rockefeller Center, porque de lá se pode ver, inclusive, o Empire State Building, além do imperdível Central Park. São cerca de 20 quadras de diferença e alguns dólares (o ingresso para o Top of the Rock sai por US$ 25). Você escolhe.

A Times Square pode ser a sua próxima parada. E a melhor coisa que o turista pode fazer é visitá-la logo que chegar na cidade. As milhares de luzes, cartazes, painéis e, principalmente, as multidões de pessoas que vão e vem nas ruas que cruzam a 42nd Street, a 7ª avenida e a Broadway podem te deixar um pouco tonto. Essa sensação de muita informação, muita luz e muita gente é comum entre os visitantes. Mas passa, não se preocupe.


Não deixe de assistir a um musical. Se o seu inglês não estiver tão afiado, opte por uma peça mais dançante do que teatral, como Mamma Mia!, Priscilla, a Rainha do Deserto, Mary Poppins, Homem-Aranha, O Rei Leão ou alguma outra cuja história já é conhecida internacionalmente. Peças mais sérias ou com muitos diálogos como Sister Act (Mudança de Hábito), Família Addams, The Book of Mormon, Jersey Boys e Wicked exigem um nível avançado de conhecimento da língua.

O início da tarde é o melhor horário para conseguir descontos nos teatros, mesmo aos finais de semana, quando a demanda é maior. Veja primeiro as ofertas do TKTS, rede de venda de tíquetes com até 50% de desconto, localizado na Duffy Square, na Broadway com a 47th Street, e, se ainda não estiver satisfeito com o valor do ingresso, tente ir direto ao local do show que você escolheu. É possível conseguir os chamados "rush tickets", de última hora, direto nas bilheterias dos teatros por apenas US$ 30 (menos da metade da tarifa cheia), com pagamento somente em dinheiro.

Depois de uma extasiante visita à Broadway, que tal provar um dos hambúrgueres mais consagrados da cidade (e olha que a concorrência é grande!). O Burguer Joint fica "escondido" dentro do Hotel Le Parker Meridien, no número 119 da 56th Street, só aceita cash e tem uma trilha sonora excelente. Na lanchonete, peça o clássico cheeseburguer (US$ 8), com uma porção de batata frita (US$ 4) e seja feliz. O ideal é ir após as 15h, do contrário prepare-se para as filas. Suba a 5ª Avenida e, enquanto caminha, aproveite para observar o point das lojas de grife de Nova York. Sim, estão todas lá: Salvatore Ferragamo, Fendi, Prada, com lojas que ostentam charme e luxo, e outras mais acessíveis como Zara, H&M e Gap. Marcas famosas estão sempre abrindo novas lojas nesse pedaço mais famoso da 5ª avenida. Aberta recentemente, a loja de três andares da Uniqlo vale uma visita.


Caminhar sem rumo pelo Central Park pode ser uma boa pedida para fazer a digestão. São só algumas quadras até o início do parque (menos de 5 minutos a pé), na 59th Street. Bem pertinho da entrada do parque ficam a Apple Store e a a famosa loja de brinquedos FAO Schwarz. Mesmo no inverno, quando as temperaturas chegam a três graus negativos, é possível dar uma voltinha no parque (proteja as orelhas!). Como é muito grande, eleja alguns pontos que quer conhecer. No site oficial há um mapa interativo onde é possível navegar e escolher os lugares que quer visitar. Conhecido como Strawberry Fields, entre a 71st Street e a 74th Street, o tributo ao Beatle John Lennon é um dos ícones do parque.

Que tal já emendar num jantar? Na 9ª avenida, num pedaço conhecido como Hell's Kitchen, há diversas opções de cozinhas, da tailandesa à turca, da americana tradicional à japonesa. Os preços são convidativos, e o local é animado à noite. Experimente o Yum Yum Bangkok (yumyumbangkok.com/), barato e moderninho, e peça um verdadeiro pad thai (US$ 7,95), prato de macarrão feito de arroz, um dos clássicos tailandeses da casa.

Dia 2

Cruzar a Ponte do Brooklyn a pé, a partir de Manhattan, é um pouco cansativo, mas a vista e a experiência compensam a caminhada. Quando chegar do outro lado, procure o Brooklyn Bridge Park, na região conhecida como Dumbo – você estará bem próximo dali – e aprecie o skyline. A Brooklyn Ice Cream Factory, sorveteria que serve somente sabores tradicionais como vanilla, chocolate, morango e café, tem um dos melhores sorvetes da cidade.

Já que você está no Brooklyn, tome um táxi até a Avenida Bedford. A região, que chama Williamsburg, é a Vila Madalena do Brooklyn. Bares descolados, lojas de design, pessoas moderninhas e bazares de roupa estão espalhados pelos quarteirões desse pedaço. Sem falar na especialíssima Brooklyn Brewery, uma cervejaria nada convencional que serve mais de cinco tipos de cerveja, mas não tem comida. Você pode levar os seus "snacks" ou encomendar um delivery de algum restaurante próximo.


No final do dia, volte para Manhattan e não deixe de passar no MoMA. Sabe aqueles quadros que você viu em livros de arte e história na escola? Estão todos aqui. O museu abriga mais de 150 mil trabalhos, entre pinturas, esculturas e fotografias. Começe pelo 4° andar, principalmente se tiver pouco tempo e dê um pulinho na lojinha, que é o máximo!

Se preferir fazer compras à noite, vá direto até a 34th Street, onde está a Macy's, que se autodenomina a maior loja do mundo. Nessa rua, você também encontra Sephora, Gap, H&M e Victoria's Secret. Quer coisas mais baratas? A Century 21 é um clássico dos brasileiros. A maior e mais antiga fica próxima do 9/11 Memorial (www.911memorial.org/), um espaço criado para relembrar a tragédia do 11 de Setembro na cidade (se quiser visitar o memorial, o ideal é ir logo pela manhã. Inscreva-se pelo site com pelo menos um dia de antecedência). A Century 21 mais recente, ao lado do Lincoln Center, é menor, mas é mais organizada que a original.

Se tiver um dia a mais...

O High Line Park (http://www.thehighline.org/) é um dos pontos turísticos de Nova York que está na "crista da onda". E de fato é preciso conhecê-lo. Construído sobre uma antiga linha de trem, o parque abre das 7h às 19h, diariamente. Em 2011, foi inaugurada a segunda parte do parque. A terceira e última será construída entre a 30th e a 34th streets. Comece então da 30th Street para baixo. Observe os prédios, a arquitetura, as obras de arte que ficam pelo caminho. Quando chegar na 14th Street, desça as escadas e você estará no Chelsea, um dos bairros mais agradáveis de Manhattan. A vida parece passar mais devagar ali, diferentemente dos arredores da Times Square. Vá até o Chelsea Market e, se gostar de frutos do mar, não deixe de parar no The Lobster Place (www.lobsterplace.com/). Aponte e escolha a sua lagosta, que será pré-cozida na hora. O prato vem acompanhado de manteiga cremosa, combinação perfeita. Encontrar lugar para sentar não é tarefa fácil, mas eventualmente os japoneses te darão um espacinho.

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