Quantidade máxima de açúcar recomendada pela OMS é de menos de duas colheres de sopa (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2015 às 16h39.
São Paulo – A inocente sobremesa depois do almoço já não é mais tão inocente assim. Diante dos comprovados prejuízos que o excesso de açúcar tem provocado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma nova diretriz: incentivar os países a reduzirem o consumo de açúcar para até 5% da dieta diária da população.
Na vida prática, isso significa consumir no máximo 25 gramas do doce por dia, algo em torno de 6 colheres de chá ou um pouco menos do que duas colheres de sopa. Pareceria uma quantidade razoável se o órgão considerasse apenas a adição de açúcar que fazemos no dia a dia, como no cafezinho.
Mas a indicação da OMS engloba também o açúcar “escondido” nos alimentos industrializados e feitos em casa, como biscoitos, bebidas, bolos, e, ainda, naqueles açúcares naturais presentes no mel, em xaropes, sucos de fruta e concentrados de fruta. Uma latinha de 350 ml refrigerante, por exemplo, chega a ter quase 40g.
Os únicos açúcares que ficaram de fora da mira da organização (e, portanto, não entram na conta dos 25g) são aqueles presentes em frutas e vegetais frescos e integrais, já que não há indícios de que sejam prejudiciais à saúde.
No ano de 2014, a OMS já havia levantado essa ideia de reduzir pela metade a quantidade de açúcar da rotina, cujo teto estabelecido era de 10% da ingestão de alimentos por dia. Agora, a instituição oficializou o novo parâmetro e está empenhada em espalhar a mensagem pelo mundo.
A nova diretriz tem base em diversos estudos que mostram que tanto adultos quanto crianças que consomem menos açúcar têm menos chances de sofrer com obesidade e cáries dentárias do que aqueles que abusam do ingrediente.
As recomendações da OMS aos países incluem a criação de guias alimentares de acordo com os costumes e comidas disponíveis nos locais, assim como novas políticas de rótulos de produtos e educação. Outra indicação é regular o mercado de comidas e bebidas não alcoólicas ricas em açúcares e novas políticas fiscais sobre esses alimentos.
Na esfera individual, a sugestão é, claro, reduzir ao máximo a ingestão dessa substância, que, apesar de muito saborosa, pode causar problemas sérios à saúde.