Diversos órgãos federais já sinalizaram interesse em participar da seleção, como o Ministério da Fazenda (Jacobs Stock Photography Ltd/Getty Images)
Repórter
Publicado em 24 de março de 2025 às 16h34.
O cenário dos concursos públicos ganhou um novo impulso após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O texto, aprovado pelo Congresso Nacional na última semana autoriza a criação de até 85 mil vagas no serviço público federal, reforçando as expectativas em torno da próxima edição do Concurso Nacional Unificado (CNU).
Considerado um dos maiores processos seletivos da administração pública federal, o CNU 2025 vinha sendo tratado com cautela pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que aguardava justamente a aprovação do orçamento para dar andamento ao certame. Agora, com a LOA sancionada, a autorização formal pode ocorrer a qualquer momento — e a publicação do edital se torna iminente.
A nova edição do CNU deve ofertar até 3.500 vagas, com salários iniciais que podem chegar a R$ 9,4 mil. A previsão é de que as inscrições sejam abertas ainda no primeiro semestre de 2025, com provas aplicadas em agosto.
Diversos órgãos federais, segundo levantamento do Gran Concursos, já sinalizaram interesse em participar da seleção, entre eles:
A adesão de diferentes órgãos amplia as possibilidades de ingresso para profissionais de áreas diversas, com destaque para a área administrativa e de gestão pública, que costuma concentrar a maior parte das oportunidades.
Para Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos, a fase pré-edital é estratégica para quem deseja se antecipar e se preparar com mais consistência. Apesar de o CNU ter estreado em 2024, ele alerta que a nova edição pode trazer mudanças importantes.
“Apesar de termos uma prova anterior do CNU, não necessariamente ela será referência, sobretudo na parte dos eixos. No conhecimento básico, sim, a banca deverá repetir sua essência, e sugiro que o candidato comece por aí”, afirma.
Para quem pretende concorrer a cargos de nível superior, especialmente nas áreas administrativas, é possível aproveitar parte do conteúdo da última edição como base.
“Comece pela teoria, com materiais voltados para concurso e que sejam os mais completos e objetivos possível”, afirma o professor.
Cambuy também recomenda atenção à escolha das disciplinas. De acordo com ele, conteúdos como Português, Informática e Raciocínio Lógico, que marcaram presença na prova anterior, podem ser deixados de fora na próxima edição. Em vez disso, o foco deve ser redirecionado para:
Outro ponto-chave da preparação é a prática. “Resolver exercícios, mesmo de outras bancas, ajuda a reforçar o aprendizado e treinar o raciocínio exigido em provas do tipo”, afirma.
Com a estimativa de até 85 mil novas vagas no setor público em 2025 e a aproximação de editais como o do CNU, especialistas apontam que este é o melhor momento para iniciar — ou retomar — os estudos. A preparação prévia é, cada vez mais, um diferencial competitivo em processos seletivos altamente disputados.
“A antecipação é a melhor aliada do candidato. Quem começa agora, com foco e estratégia, larga na frente”, afirma Cambuy.