Carreira

Veja os comportamentos profissionais que devem ficar para trás na pandemia

Em meio a mudanças, comportamentos de líderes e funcionários também precisarão se ajustar, aponta estudo da multinacional Adecco

Pedestres na avenida Brigadeiro Faria Lima em São Paulo: para se dar bem na carreira, no pós-pandemia, a orientação é ter um foco multifacetado em habilidades técnicas e comportamentais (Leandro Fonseca/Exame)

Pedestres na avenida Brigadeiro Faria Lima em São Paulo: para se dar bem na carreira, no pós-pandemia, a orientação é ter um foco multifacetado em habilidades técnicas e comportamentais (Leandro Fonseca/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 7 de dezembro de 2020 às 11h38.

O mundo não será mais o mesmo após a pandemia do coronavírus. Apesar de essa conclusão ter sido utilizada até ficar desgastada, não há como negar a transformação por que passam as empresas em 2021. Pelo menos no que se refere à forma de trabalhar. Empresas anunciam que manterão o trabalho remoto, a saúde mental ganha prioridade e quem não se digitalizou ficará fora do jogo.

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Em meio a essas mudanças, comportamentos de líderes e funcionários também precisarão se ajustar. O Guia Salarial 2021, da multinacional Adecco, aponta o que precisa ficar para trás dentro da cultura das empresas e no comportamento dos indivíduos.

Para se dar bem na carreira, no pós-pandemia, a orientação é ter um foco multifacetado em habilidades técnicas e comportamentais. As chamadas soft skills também ganham mais relevância. No dicionário da Universidade de Cambridge, soft skill é o conjunto de habilidades para as pessoas trabalharem e se comunicarem bem juntas.

Elas envolvem inteligência emocional, a resolução de problemas complexos e a flexibilidade cognitiva, pontos que já tinham sido apontados em 2016 como cruciais para o futuro trabalho no relatório The Future Jobs, do Fórum Econômico Mundial.

Isso ganhou força na pandemia principalmente porque as empresas precisaram responder com prontidão a um novo contexto de crise, revendo suas estratégias de negócios que inclui propósito, missão, visão de longo prazo e sua cultura corporativa com urgência. Para isso, são necessários profissionais com habilidades além da técnica.

O que “sai” e o que “entra” na cultura das empresas

Feedback

Até a pandemia, os líderes eram instruídos a fornecer feedback aos funcionários sem definir como seria essa devolutiva. Isso levava a interações improdutivas com problemas de desempenho difíceis ou constrangedoras sendo mantidos à margem.

Nos pós-pandemia, é preciso abraçar a chamada sinceridade radical, que destaca a importância de se confrontar erros e baixo desempenho, mas com empatia
genuína.

Comunicação

Bons líderes precisam agora utilizar os movimentos naturais da comunicação na empresa, em vez de se apegar a um modelo de cima para baixo. A abordagem deve ser mais de base, integrando todos os líderes da organização nos comunicados, criando conversas de duas vias.

Avaliação de desempenho

Com a pandemia, emerge a necessidade de ter agilidade. Para isso, avaliações e conversas sobre desempenho precisam ser mais fluidas e frequentes, em vez de ser em datas programadas. O gestor deve fazer as observações com regularidade.

Excesso de trabalho

Trabalhar demais precisa perder o “glamour”. No relatório da Adecco, há destaque para a necessidade de mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional e para a necessidade de os trabalhadores pararem de usar o estar ocupado e as longas horas de trabalho como um distintivo de honra.

Os líderes devem construir uma cultura de bem-estar que promova o engajamento e a produtividade e equilibre a priorização eficaz da carga de trabalho com
o cuidado da sua própria saúde intelectual, emocional e física.

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