Carreira

Veja como seria trabalhar remotamente usando um robô de telepresença

Repórter do site The Verge teve a experiência de conhecer seus colegas de trabalho remotamente a milhares de quilômetros de distância por meio de um robô

Robô de telepresença (Reprodução/ The Verge)

Robô de telepresença (Reprodução/ The Verge)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2015 às 14h31.

Em um dos episódios da série de comédia The Big Bang Theory, o cientista Sheldon Cooper decide usar um robô de telepresença para realizar suas tarefas de seu próprio quarto. Assim, ele estaria protegido de adversidades como doenças ou acidentes.

O que o seriado não conta é que esse tipo de equipamento pode ser a próxima grande tendência nas formas de conectar equipes de trabalho remotamente em qualquer parte do mundo. E foi exatamente isso que o site The Verge fez.

James Vince, um membro da equipe do site que trabalha em Londres, teve a oportunidade de finalmente conhecer seus colegas de trabalho que vivem a milhares de quilômetros dele, em Nova York, nos EUA.

O repórter explica que usou um bot da Double Robotics que combina uma espécie de carro de controle remoto com um aparelho de videoconferências. A aparência basicamente é um iPad em cima de um diciclo.

Em um vídeo publicado no site, Vince circula por todo o escritório e afirma que assim poderia ter mais contato com seus chefes, podendo até ler a expressão facial deles – algo que não é possível para quem sempre trabalha remotamente e apenas se comunica por e-mail. 

Ao experimentar o produto, Vince identificou alguns problemas em usar essa tecnologia no trabalho. O primeiro deles seria que apesar de facilitar o contato a distância, ainda não está claro por que ele deveria ser usado nesse ambiente, já que sua empresa utiliza Google Docs e outras ferramentas online para trabalhar.

“Outra coisa que não ajuda muito é que um robô de telepresença custa caro. Mesmo o mais simples da Double custa 2 499 dólares, e isso sem contar no iPad que deve ser comprado para ele realmente funcionar”, diz.

O segundo problema do repórter foi socializar com os colegas de Nova York. Apesar de poder circular pelo escritório, ele afirma que era estranho interromper as pessoas por uma tela de iPad, algo que poderia ser menos incômodo se ele as abordasse pessoalmente. “Sim, isso mesmo. Você teria que falar comigo normalmente mesmo que nós dois saibamos o quanto essa situação é boba”, afirma Vince em seu relato.

O triunfo de James começou quando o escritório resolveu pedir pizzas. “Eu cheguei bem perto da mesa o mais rápido que pude e por uns cinco minutos a situação foi bem engraçada”, diz. “Alguém até colocou um chapéu em mim. Sucesso, certo?”, brinca ele.

Outro problema citado pelo repórter é justamente esse tratamento que deve ser dado pelos colegas ao membro "eletrônico" da equipe. Como o aparelho tem movimentos limitados, as pessoas precisavam levantá-lo ou redirecioná-lo o tempo todo. E esse tipo de cuidado pode se tornar irritante caso o robô seja toda a base de presença de alguém no escritório.“Eu não consigo imaginar um gerente sendo levado a sério usando um desses para controlar seus funcionários”, diz.

Para Vince, os robôs de telepresença ainda não serão usados com frequência no ambiente de trabalho. Eles são mais úteis, por exemplo, em hospitais, onde o médico pode fazer rondas remotamente.

Nos escritórios, eles podem ser necessários em apenas alguns casos que obriguem as pessoas a ficarem em casa, como doenças ou tempo ruim. “Eu estou feliz usando meu e-mail, o Slack e o Twitter para conhecer meus colegas casualmente”, afirma.

Veja a experiência de James Vince no vídeo abaixo:

http://player.ooyala.com/iframe.js#ec=BxOHU2dDo-j4fPSdO3c3D2jll2lA-eGN&pbid=dcc84e41db014454b08662a766057e2b

Acompanhe tudo sobre:INFORobótica

Mais de Carreira

Como usar a técnica de Myers-Briggs Type Indicator (MBTI) para melhorar o desempenho profissional

Escala 6x1, 12x36, 4x3: quais são os 10 regimes de trabalho mais comuns no Brasil

Ele trabalha remoto e ganha acima da média nacional: conheça o profissional mais cobiçado do mercado

Não é apenas em TI: falta de talentos qualificados faz salários de até R$ 96 mil ficarem sem dono