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Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 16h32.
São Paulo - Você já parou para pensar de que forma pretende receber os benefícios de seu plano de previdência depois de anos de poupança? No regulamento dos fundos de aposentadoria complementar Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) estão descritas as sete principais maneiras de recebimento do dinheiro.
A escolha é feita no momento de contratação do plano, mas é possível rever sua decisão meses antes de começar a usar o dinheiro. Algumas instituições financeiras entram em contato com o cliente um mês antes do final do plano, para ver se a opção continua a mesma, mas não é uma prática comum em todas as seguradoras.
Descubra agora quais as sete formas de usar o investimento na aposentadoria e qual é a mais adequada para você e sua família.
Renda mensal vitalícia
O titular do fundo de previdência complementar resgata todo o valor acumulado e deixa o dinheiro para ser administrado pela seguradora. Nesta opção, a grana não pertence mais a ele, mas, sim, à instituição financeira. A seguradora se compromete a administrar o dinheiro e garantir uma renda mensal ao cliente. O titular do plano vai receber a grana até o dia do falecimento.
"A desvantagem é que, se a pessoa precisar do dinheiro, não conseguirá tê-lo em mãos, só em forma de renda mensal", diz Marcello Rudge Ribeiro, consultor de previdência da MDS Consultoria e Corretora de Seguros, em São Paulo. O contrato da renda vitalícia é ideal para quem já dispõe de reserva financeira que possa ser usada em uma emergência ou mesmo para realizar sonhos pessoais. O valor do dinheiro é corrigido por índice inflacionário e por uma taxa de juro.
Resgate programado
É a forma de sacar o dinheiro do plano de previdência por vários anos. Quem opta pelo resgate programado pode negociar com a seguradora o valor e o prazo em que quer receber o dinheiro. A grana continua aplicada no fundo, por isso os ganhos são conseguidos de acordo com a rentabilidade do investimento.
Há a opção de manter os aportes também. "Ao escolher o resgate programado, o titular está apostando que o juro que ele vai ganhar com o plano será maior do que o oferecido pela seguradora na renda vitalícia", diz Eduardo Correia, líder da área de previdência da consultoria Mercer, em São Paulo. Algumas instituições não oferecem esta opção.
Renda vitalícia reversível ao cônjuge
O titular recebe uma renda mensal fixa durante toda a vida. Em caso de falecimento, o dinheiro é revertido em renda mensal para o marido ou para a esposa. Geralmente, o valor da renda é menor do que aquele que o titular recebia.
Renda mensal temporária ou renda com prazo certo
O investidor opta por resgatar o dinheiro acumulado por um determinado período da vida — em média, o prazo vai de cinco a 15 anos. Em caso de morte, a grana deixa de ser paga. Dependentes ou cônjuges não têm direito ao benefício. A vantagem é que o investidor recebe uma quantia maior de dinheiro em menos tempo.
No entanto, é preciso ter disciplina para não ficar de bolso vazio. "É indicado para quem já está se aposentando do trabalho e não tem dependentes", diz Luiz Claudio Friedheim, diretor de marketing da Mongeral Aegon Seguradora, no Rio de Janeiro.
Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido
O titular do plano recebe uma renda mensal fixa, estipulada pela seguradora, de acordo com o período que ele escolheu para receber o dinheiro. Em caso de morte antes do fim do prazo combinado, o dinheiro vai para os beneficiários do plano.
"A seguradora vai calcular um valor de benefício menor porque sabe que alguém vai recebê-lo, seja o cliente, seja os dependentes", diz Eduardo Correia, da consultoria Mercer. "É indicado para quem tem uma obrigação financeira, como filhos na faculdade", diz Gustavo Brandão, superintendente de desenvolvimento de produtos de previdência e vida da SulAmérica, em São Paulo.
Resgate total
É quando o titular decide resgatar todo o dinheiro da aposentadoria. Se você optar por essa modalidade é preciso ter muita cautela.
"Se mudar do plano de previdência para outra aplicação, o investidor vai ter de arcar com alíquotas de Imposto de Renda, que são maiores para quem vai usufruir do dinheiro no curto prazo", diz Marcello Rudge Ribeiro, da MDS Consultoria e Corretora de Seguros, em São Paulo.
No caso de falecimento do titular, não é necessário fazer o inventário dos recursos aplicados na previdência, o que é impreterível para outros investimentos. O ideal é que o investidor tenha garantia de que conseguirá uma renda mensal para viver com tranquilidade.
Renda vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores