A pesquisa destaca que os usuários frequentes da IA são os que mais percebem seus benefícios, como ganhos de eficiência e maior potencial de inovação (Umnat Seebuaphan/iStockphoto)
Repórter
Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 08h28.
A Pesquisa Global Hopes and Fears 2024, conduzida pela PwC, uma das maiores empresas de auditoria, consultoria e serviços relacionados à transformação digital, ouviu mais de 56 mil pessoas em 50 países, incluindo o Brasil, para trazer um panorama global sobre o impacto da inteligência artificial generativa no ambiente de trabalho. Embora 61% dos respondentes globais tenham usado a IA generativa pelo menos uma vez no último ano, apenas 12% a utilizam diariamente, uma proporção inferior à do Brasil (17%), diante dos 76% dos brasileiros entrevistados. Isso reflete que, assim como no Brasil, o uso contínuo da IA ainda não se popularizou.
"Essa lacuna aponta para a necessidade planejar ações para adoção, capacitação e entendimento dos benefícios do uso nas empresas", afirma Camila Cinquetti, sócia e líder de People & Organization na PwC Brasil
Em escala global, 24% dos entrevistados afirmam que seus empregadores não forneceram acesso às ferramentas de IA generativa, comparado aos 35% no Brasil. A proibição direta do uso da tecnologia, motivada por questões de segurança e propriedade intelectual, é apontada por 12% dos respondentes globais (14% no Brasil).
"A pesquisa destaca que os usuários frequentes da IA são os que mais percebem seus benefícios, como ganhos de eficiência e maior potencial de inovação. Para esses profissionais, a tecnologia não apenas otimiza o tempo de trabalho, mas também serve como uma ferramenta criativa e estratégica", diz Cinquetti.
Para explorar todo o potencial da IA generativa, Cinquetti afirma que as empresas precisam adotar estratégias que incluam:
Os líderes desempenham um papel central nesse processo, servindo como exemplos ao incorporar a IA generativa em suas rotinas e disseminar boas práticas entre suas equipes e isso exige que a liderança se aproprie dessas ferramentas, ou seja, o upskilling da liderança é essencial, afirma Cinquetti. "Eles devem ser transparentes sobre o uso da tecnologia, compartilhando informações sobre algoritmos e dados utilizados, e criar canais para feedback contínuo dos profissionais".