Google (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 06h39.
Recém-formados e jovens que estão em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho costumam ter bastante dificuldade na hora de montar o currículo.
Que experiências destacar: cursos, trabalhos, participação em conferências, notas boas em disciplinas na faculdade?
Se o universitário ainda não trabalhou, como impressionar os recrutadores que vão ler seu CV e a ponto de conseguir uma entrevista?
O jornal The New York Times entrevistou o vice-presidente sênior de operações de pessoas do Google americano sobre a seleção de talentos do gigante digital. Laszlo Bock é responsável por supervisionar a contratação de cerca de cem novos funcionários por semana.
Abaixo, alguns dos pontos-chaves da entrevista para guiar candidatos a vagas de emprego que estão preparando o ~curriculum vitae~.
- Seja específico ao relatar experiências profissionais
Na avaliação de Bock, boa parte dos CVs atuais é vaga. Ele ressalta a necessidade de o candidato detalhar sua experiência de forma clara. Assim, é mais fácil contextualizar e identificar as próprias realizações.
Ele sugere que números, métricas e comparações sejam utilizados para dar a verdadeira consistência ao currículo. A maioria das pessoas redige um currículo assim: escreveu editoriais para o The New York Times. É melhor dizer: Teve 50 editoriais publicados no NYT, comparando com a média de 6 da maioria dos comentaristas, como resultado de reflexões sobre tais e tais áreas durante 3 anos, ensina Bock.
- Demonstre sua liderança e seja humilde
É importante escrever mais do que foi representante de classe ou foi presidente do centro acadêmico (CA).
Elenque brevemente os problemas que você enfrentou como representante de turma ou do CA. Que soluções você propôs? Soube o momento necessário para tirar o time de campo e deixar os outros líderes atuarem?
Quando você se depara com um problema e é membro do time, nós nos importamos com que você avance e lidere no momento apropriado. E, da mesma forma crítica, é necessário que você também recue e deixe de liderar, passando a vez para outra pessoa. O que é crítico para ser um líder efetivo é o interesse em renunciar ao poder, explicou Bock ao NYT.
- Cursos mais relevantes são mais importantes que notas boas
Em uma época em que os estudantes têm qualificações semelhantes (curso de informática, domínio de internet, idiomas), os recrutadores reconhecem a decisão de fazer cursos diferentes ou participar de seminários que sejam relevantes para a formação.
Segundo Bock, fazer uma disciplina na faculdade mais desafiadora que as cadeiras comuns pode gerar uma impressão melhor, entre os contratantes, do que apenas tirar uma nota excelente em uma matéria mais simples e corriqueira no histórico escolar.
Por Diego Iraheta (Via revista Time)
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